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sábado, 11 de dezembro de 2010

TERRENO DO CORAÇÃO


A arte, a poesia, desde a ancestralidade, localiza no coração a terra dos sentimentos, das emoções!...

Por um longo período a ciência, a partir da fisiologia, numa visão estritamente materialista, define o coração como uma bomba biológica, extremamente potente e delicada, mas, nada, além disso...

A visão moderna da ciência, que mergulha pelos meandros da espiritualidade, tangida pelas perplexicidades do mundo quântico e corroborando, não somente a visão artística, como também do espiritismo e do espiritualismo, coloca a área cardíaca num centro de forças extra-físicas que potencializam todo o sistema corporal... Não se sabe ainda exatamente o que ou como, apenas que assim ocorre, quase parodiando o célebre personagem "João Grilo" de famosa peça teatral e cinematográfica...

Então, o terreno do coração reveste-se dessas qualidades etéreas e delicadas, quando se abre à relação... Para, repentinamente tornar-se, muitas vezes, barreira intransponível ao não sentir, ou mesmo imaginar, correspondido em sentimentos, ou ainda traído em sua confiança...

O "... se me dizes que vens às quatro, desde as duas te espero..." do "Pequeno Príncipe" reflete essa delicada e ansiosa expectativa do coração que se abre!...

Também, no mesmo livro encontramos um conselho importantíssimo para as relações que envolvam o coração: "... És responsável por tudo que cativas..."... Alertando-nos para os cuidados, o carinho, a ternura e o respeito profundo que esse terreno nos requisita...

Porque o coração tem efetivamente armadilhas, atalhos, mesmo abismos... Mas é também a área mais bela e ajardinada por sonhos e amores idealizados... Apresentando-se-nos ora como labirinto que não deixa sair, ora portal intransponível que não nos deixa entrar...

Em terrenos de coração, muita cautela, muito cuidado, muito carinho, muita responsabilidade afetiva, pois a vida nos requisita corações abertos!!!

Paz   Morais

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

TEMPO MÁGICO


Os tempos são chegados!... Já não há mais tempo para trivialidades, para egos inflamados, para mediocridade, para megalomanias, para melindres, para imaturidade, para confrontações ante os erros, para "tirar a limpo" coisas, para o debate de rótulos...

O momento atual não apenas nos solicita foco no bem, nos exige dedicação total à construção do equilíbrio em nós e à nossa volta, de todo o bem possível, do aprendizado que nos chega, da tarefa que nos convoca à experiência redentora, do exercício constante e determinado da transformação interior na busca de alcançarmos a excelência possível em nós!...

Esses são dias de conturbação geral, de recrudescimento da violência que campeia em todos os rincões sociais no mundo, do convite constante e fascinatório ao banalismo extremado de todas as coisas, das urdiduras dos falsos profetas que fascinam com suas ilusões mirabolantes de loteamento dos céus, das fugas alucinantes dos tóxicos de variada ordem, da busca do gozo sem peias e inconsequente...

São, portanto, tempos que requisitam a contínua vigilância de pensamentos e reações, exatamente pelo caos aparente à nossa volta!...

Mas é também o tempo mágico das grandes transformações cósmicas, da chegada do "segundo sol" das profecias a reorganizar a vida planetária em todo o sistema solar...

Lembrando ainda que todo momento de crise se repleta de oportunidades evolutivas a serem aproveitadas por todos que se colocam atentos e vigilantes, sem receios e sem fugas, dedicando-se plenamente ao aprendizado redentor!...

Foi assim cerca de dois milênios atrás, quando dos cânticos de poéticos, proféticos, consoladores e libertadores ensinamentos do Mestre Galileu!... Agora, porém, não se requisita o martírio e o holocausto, senão das próprias imperfeições da alma que ainda teimosamente cultivamos...

Os tempos são chegados!!!

Paz    Morais

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TEMPO


A falta de tempo e a busca da felicidade constituem ansiedades humanas de todos os tempos!...

Num e noutro caso, entretanto, nos envolvemos no engano desalentador...

Temos todo o tempo de que necessitamos, a cada existência no mundo dos sentidos, para a vivência das experiências que nos impulsionarão, a seu tempo, à angelitude... Apenas, laboramos na fuga, na irreflexão, no medo do trabalho libertador...

Interessante é que mesmo quando nos dedicamos a alguma tarefa nobilitante, nos dizemos a serviço do bem, de Jesus ou de Deus, quando, efetivamente, estamos a serviço do resgate, do aprendizado, do crescimento interior de nós mesmos...

A felicidade, nos dias atuais, como no passado, associamos a ter coisas, a fazer coisas a usufruir de coisas...

E intentamos que ela seja perene, sem sombras que a anuviem... Mas a felicidade real, concreta, diz respeito à vida interior... Envolve a paz de espírito, portanto interior... A consciência tranquila de estarmos efetivamente nos dedicando ao aproveitamento das oportunidades da vida hoje... À vigilância dos pensamentos no sentido de estar sintonizado com a vida em aspectos superiores... O desprender-se da falsa necessidade da posse, que nos materializa... E a construção do hábito de buscar o imenso manancial de energias divinas através da prece... Tudo, portanto, se reporta à vida interior e não a coisas, mundo exterior...

Ainda, acreditamos que seria a ausência de dificuldades que nos felicitaria, quando, em verdade, seria o aprendizado da superação delas, como lições de vida, que nos harmonizaria interiormente!...

Temos todo o tempo de que precisamos!... E estamos no mundo para construir a nossa felicidade a partir de nossa dedicação à felicidade à nossa volta!!!

Paz   Morais

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

FLOR DO AMOR


A história humana tem nos apresentado, em todas as épocas, exemplos fantásticos de humanismo, estoicismo, pacifismo e espiritualidade, a nos convidar para outras percepções da vida, além do imediatismo do momento... Constituem verdadeiros guias para a humanidade, cada  um no seu tempo, ao seu modo, transcenderam!...

Ao ler ou ouvir falar sobre esses gigantes da alma, embora nos invada um sentimento de veneração, percebemo-los distanciados de nossa realidade... Pensamos, era outro tempo, outra realidade...

Mas temos casos contemporâneos que também se nos apresentam como exemplos guias: Madre Tereza, Irmã Dulce, Divaldo Franco, sem esquecer tantos outros anônimos que perfumam as suas e as vidas daqueles que deles se acercam...

Uma figura gostaríamos de destacar, porém, sem demérito a tantos outros, que viveu quase um século de poesia e amor, o venerando Chico Xavier, o homem flor, o homem amor!

Nós outros também podemos (ou seria devemos?...) ser pessoas flores, nas quais o amor incondicional medre semeando a poesia e as belezas da vida!... Possamos despertar para essa possibilidade e nos dedicar a essa construção!!!

Paz    Morais

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A CRISE



O conceito evangélico: "Não vim trazer a paz, mas a espada", em sua alegoria traz, entre outras, a mensagem da transformação rumo à luz da espiritualidade, verdadeira guerra a ser travada contra a sombra que vige em nós...

Essa luta renhida desencadeia conflitos interiores que se constituem na crise da evolução!...

Mesmo aprendendo os ensinamentos iluminativos do Cristo de Deus, relutamos em nos dedicarmos a vencer os escolhos da alma, persistindo por largo período em nos comportarmos exatamente com antes do conhecimento redentor...

Os impositivos evolutivos da Lei do Progresso, emanados do Deus imanente em nós, entretanto, terminam por despertar-nos, através de uma fome interior que não se sacia com as exterioridades da vida...

E a crise evolutiva se instala, até que nos resolvamos à reflexão e ao aprendizado transformador!

Urge despertarmos e nos dedicarmos denodadamente a esse mister... Mesmo porque os dia atuais de verdadeira loucura representam a fase final da transformação planetária... A Terra está em trabalho de parto!!!

Paz    Morais