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sexta-feira, 24 de junho de 2011

A CRIATURA É SUAS NECESSIDADES



O psicólogo americano pragmatista, William Ja­mes, classificou os biótipos humanos em espíritos fra­cos e fortes, enquanto Ernesto Kretschmer, psiquiatra alemão, considerou as personalidades de acordo com a compleição do indivíduo em pícnico, ou pessoa re­donda; atlético, ou pessoa quadrada; e o astênico, pes­soa delgada. Face a tal conclusão, afirmou que há espí­ritos esquizóides e ciclotímicos, enquanto Carlos Gusta­vo Jung os considerou introvertidos e extrovertidos.

Em todos há uma ânsia comum: os fracos fortale­cerem-se, os ciclotímicos harmonizarem-se e os intro­vertidos exteriorizarem-se.

As psicoterapias são aplicadas conforme as reve­lações do inconsciente, arrancando dos arquivos do psiquismo os fatores que geraram os traumas e deter­minaram os conflitos, interpretando as ocorrências dos sonhos nos estados oníricos e as liberações catársi­cas nas demoradas análises.

Nem sempre, porém, serão encontradas as ma­trizes de tais patologias, que estão profundamente registradas no Espírito, como decorrência de condu­tas, de atividades, dos sucessos das reencarnações passadas.

Somente a sondagem cuidadosa dos arcanos do ser pretérito enseja o encontro das causas passadas, geradoras dos problemas atuais.

Uma análise transpessoal libera-o dos tabus, in­clusive, da visão distorcida da realidade, que deixa de ser a exclusiva expressão terrena, para transportá-la para a vida imortal, precedente ao corpo e a ele sobrevivente, demonstrando que o êxito, o triunfo, o fra­casso, o insucesso, não se apresentam conforme a proposta social imediatista, porém outra mais signi­ficativa e poderosa.

Convém determinar-se que o êxito material pode significar fracasso emocional, espiritual, e, às vezes, o insucesso, a aparente falta de triunfo constitui a ple­na vitória sobre si mesmo, suas paixões e pequene­zes, uma forma de opção para o crescimento interior, ao invés do empenho pelo amealhar de moedas e reu­nião de títulos que não acalmam as emoções nem tranquilizam as ambições.

Certamente, a criatura deve possuir e dispor de recursos necessários para uma vida saudável, con­sentânea com o grupo social no qual se encontra. No entanto, o êxito não pode ser medido em contas ban­cárias, prestígio na comunidade e destaque político. Da mesma forma, não é factível definir-se por fracas­so a ausência desses troféus.

Os homens e mulheres plenos, vitoriosos de to­dos os tempos, venceram-se, completaram-se e, sem qualquer tipo de conflito, optaram pela realização in­terior, respeitando todas as aspirações e direitos dos demais indivíduos, porém, a eles próprios impondo-se a auto-realização que lhes propiciou saúde -mes­mo quando enfermos-, felicidade -embora perse­guidos algumas vezes- e êxito -isto é, a vitória no que anelavam-, apesar de levados ao martírio.

A visão transpessoal do êxito e do fracasso está ínsita na pessoa interior, real, a criatura harmonizada consigo mesma, com as outras pessoas, com a natu­reza e a vida.

Êxito é encontro, enquanto fracasso é domínio pelo ego.

O êxito gera paz, e o fracasso inquieta.

Auto-analisando-se, cada qual se descobre, as­sim dando-se conta do triunfo ou do insucesso, po­dendo recomeçar para alcançar o êxito, nunca o fracasso.

O SER CONSCIENTE - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 23 de junho de 2011

ÊXITO E FRACASSO



O estado normal da criatura é o de saúde, no qual o bem-estar e o equilíbrio proporcionam clima respi­rável de satisfação.

Elaborada para um ritmo harmônico de vida, a maquinaria fisiopsiquica obedece a automatismos pre­cisos, dos quais resultam a saúde e as disposições emocionais, para galgar-se patamares reais elevados nos processos das aspirações idealistas.

Ser pensante, destaca-se a criatura na escala zoo­lógica, compreendendo os mecanismos da vida e aplicando o conhecimento para os logros da auto-rea­lização e da autoplenificação que lhe constituem o ápice da saúde.

Saúde seria, portanto, um fenômeno natural. Não fossem, do ponto de vista biopsicológico, as heranças genéticas, os fatores psicossociais, as ocorrências fa­miliares e o convívio do lar, o ser não atravessaria os caminhos difíceis dos distúrbios e doenças perturba­doras.

Considerado o ser apenas como uma máquina, te­ríamos a vida sem finalidade nem objetivo, porquanto ele já nasceria sob os estigmas dos ancestrais — no que diz respeito às heranças genéticas, ao lar condicionador e à sociedade — no caso das distonias e anormalidades, das síndromes degenerativas e dos fenômenos patoló­gicos vários, que determinam as desgraças de uns, e, por outro lado, os propiciatórios para a felicidade, a saúde e a beleza de reduzida faixa dos demais.

Sem dúvida, tal colocação falha pela ausência de uma sustentação lógica, considerando todas as ocorrências como procedentes do acaso fatalista e absurdo...

A análise transpessoal do ser concede-lhe digni­dade causal e destinação final, mediante a travessia do percurso que lhe cumpre trilhar, gerando os meios felicitadores, ou desditosos, que são efeitos das suas realizações precedentes.

Passo a passo, desenvolvem-se os atributos da personalidade, ampliando-se os conteúdos da indivi­dualidade e aprimoram-se as aptidões latentes que são o germe da presença divina em todos.

Possuidor de recursos e potências não dimensio­nadas, o ser desabrocha e cresce sob as condições que lhe são inerentes, cabendo-lhe seguir o heliotro­pismo superior que o leva à sua destinação gloriosa.

Impregnado pelas partículas e moléculas materi­ais que o vestem, enquanto reencarnado, não raro a visão do êxito apresenta-se-lhe distorcida, caracteri­zando-se como o deleite contínuo, resultante dos pra­zeres hedonistas que a posição social relevante e o poder político-econômico proporcionam, ensejando um prolongado desfrutar.

Esquecendo-se da impermanência de tudo e da fugacidade do tempo -pelo qual apenas transita, na sua dimensão de eternidade- desgasta-se, en­velhece, adoece e morre...

O imprevisível surpreen­de-o, e surgem-lhe a saturação, o desinteresse, os sentimentos apaixonados e os frustrados, proporcionando desequilíbrios interiores que se expressarão em tormentos para si e para os outros no inter-rela­cionamento pessoal.

Na busca do êxito, o ser, psicologicamente ima­turo, investe todos os valores, e na competição en­contra o estímulo para galgar os degraus do desta­que, descendo moralmente, na escala dos padrões, à medida que ascende na aparência.

Essa dicotomia de ocorrências -a interna e a ex­terna- resultará em infelicitá-lo, perturbando-lhe o senso de avaliação e de consideração da realidade, talvez ferindo profundamente a pessoa.

Caça-se o êxito como se fosse, na floresta huma­na, o objetivo essencial à vida, confundindo-se triunfo de fora com realização de harmonia interior.

Denigre-se então o adversário, que não o sabe, tornado assim por estar à frente ou mais alto; segue-se-lhe o passo, ocupando-lhe o lugar imediatamente inferior por ele deixado, até emparelhar-se-lhe e der­rubá-lo, assumindo-lhe a posição.

Inevitavelmente, porque não permanecem espa­ços vazios nos relacionamentos humanos, enquanto, por sua vez ascende, deixa o degrau aberto que logo esta­rá ocupado por aqueloutro que lhe será o substituto.

O triunfo de hoje é o prólogo do desencanto e das lágrimas de amanhã; sorrisos se tornarão esgares, e aplausos far-se-ão apedrejamentos, considerando-se, na população humana, as mesmas aspirações e os equivalentes conflitos.

O SER CONSCIENTE - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

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A SABEDORIA




Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego. 

Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição. 

Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver. 

Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar. 

Uns queriam ter voz bonita; outros, falar. 

Uns queriam silêncio; outros, ouvir. 

Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.

Uns queriam um carro; outros, andar. 

Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário. 

Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe. 

Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia, a inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena. 

Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!
Chico Xavier

terça-feira, 21 de junho de 2011

O RANCOR E O ÓDIO



Fenômeno natural decorrente da insegurança emo­cional, o rancor produz ácidos destruidores de alta potencialidade, que consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a ins­talação das doenças.

Entulho psíquico, o rancor acarreta danos emoci­onais variados, que levam a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação.

A criatura humana tem a destinação da plenitu­de. O seu passo existencial deve ser caracterizado pela confiança, e os acontecimentos desagradáveis fazem-­se acidentes de percurso, que não interrompem o pla­no geral da viagem, nunca impeditivos da chegada à meta.

Por isso, os acontecimentos impõem, quando ne­gativos, a necessidade de uma catarse libertadora, a fim de não se transformarem em resíduos de má­goas e rancores que, de contínuo, assumem mais danoso contingente de ocorrência destrutiva.

A psicoterapia do perdão, com os mecanismos da renúncia dinâmica, consegue eliminar as seqüelas do insucesso, retirando o rancor das paisagens mentais e emocionais da criatura, sem o que se desarticulam os processos de harmonia e equilíbrio psíquico, emo­cional e físico.

O ÓDIO

Etapa terminal do desarranjo comportamental, o ódio é tóxico fulminante no oxigênio da saúde men­tal e física.

Desenvolve-se, na sua área, mediante a análise injusta do comportamento dos outros em relação a si, e nunca ao inverso. Fazendo-se vítima, porque passou a um conceito equivocado sobre a realidade, deixa-se consumir pelo complexo de inferioridade, procedente da infância castrada, e descarrega, inconscientemen­te, a sua falta de afetividade, a sua insegurança, o seu medo de perda, a sua frustração de desejo, em arre­messos de ondas mentais de ódio, até o momento da agressividade física, da violência em qualquer forma de manifestação.

O ódio é estágio primevo da evolução, atavicamen­te mantido no psiquismo e no emocional da criatura, que necessita ser transformado em amor, mediante terapias saudáveis de bondade, de exercícios frater­nais, de disciplinas da vontade.

Agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório, digesti­vo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das desordens mentais e sociais que aba­lam a vida e o mundo.

A saúde da criatura humana procede do ser eter­no, vem das experiências em vidas anteriores, confor­me ocorre com as enfermidades cármicas, no entanto, dependendo da consciência, do comportamento, da personalidade e da identificação do ser com o que lhe agrada e com aquilo a que se apega na atualidade.

O SER CONSCIENTE - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS