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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ACERCA DE VALORES

A sociedade dos dias atuais, como no passado, se estrutura sob falsos valores como o hedonismo -gozar a vida material à exaustão, sem se preocupar com nada à sua volta- e do consumismo -consumir é o que dá valor às pessoas, ou seja, quanto mais eu consumir mais sou importante- que constituem a fonte dos conflitos existenciais da atualidade e exacerba a violência...

A proposta da vida não nos exige negar o mundo e viver uma opção mística de vida estóica, negando-se os prazeres do mundo... Tampouco seria entregar-se irrefletidamente ao mundo e seus prazeres...

O que realmente nos compete é vivenciar o mundo sem esquecer nossa origem e destino na dimensão espiritual da vida, compreendendo ser a vida física um estágio em regime de internato para vivenciar experiências e desenvolver aptidões...

É mister envidar esforços para não se deixar levar por esse estado de coisas, que o mundo em sua loucura nos propõe, vivendo o hoje ilusório sim, mas na construção do aprendizado da vida maior, no aprendizado da realidade espiritual...

Equilíbrio e parcimônia deverão nortear nossa busca da felicidade, na vivência do presente que constrói o futuro que almejamos!!!

Paz    Morais

OBRIGAÇÃO PRIMEIRAMENTE

Faze da mediunidade o instrumento em que possas desferir, entre as criaturas irmãs, o teu hino de amor. Entretanto, não lhe situes os acordes em leilão. Quanto o sol que não negocia com a própria luz, o espírito não mercadeja com os próprios sentimentos.

Se a vaidade te exagera o valor, pensa um pouco e reconhecerás que a vida, junto de ti, pode suscitar a formação de valores novos que te lancem todas as possibilidades em plena sombra. E quando a ambição busque elevar-te à galeria de ouro, reflete na agonia mental de todos aqueles que descem da galeria de ouro para a névoa da morte.

Mediunidade é talento divino nas tuas mãos e a Divina Bondade nunca se vende.

E Se pudéssemos definir Deus, seria lícito repetir que Deus é amor e o amor é trabalho do bem por todas as direções. É o trabalho, desse modo, é o alicerce da existência produtiva, assim como a raiz é fundamento da árvore.

Se alguém disser que é necessário abandones as próprias tarefas a fim de que haja virtude no caminho do próximo, através do ruído ou da festividade que a tua presença consiga criar onde estejas, não te suponhas acima do Cristo que pagou em acerba renunciação a própria fidelidade ao Supremo Senhor, na prestação de serviço aos homens.

Pregação sem exemplo é cheque sem fundos.

Angaria o próprio sustento, com a disciplina da alma e o suor do rosto e cede ao intercâmbio espiritual o tempo que lhe possas consagrar por oferta de ti mesmo. Não te rendas a ilusões, nem te creias maior.

Além do manancial, corre a fonte; além da fonte vem o córrego; além do córrego, desponta o riacho; além do riacho, aparece o rio e além do rio surge o mar. Primeiro, a obrigação que nos purifique. E, depois da obrigação, entrega à mediunidade aquilo que lhe possas doar espontaneamente, sem qualquer tisna de interesse inferior, como sendo a tua quota de esforço puro na obra do bem geral.

Não importa seja pouco. O maior monumento começa em migalha. Por mais ampla a escuridão, leve pingo de luz rompe a força das trevas.

EMMANUEL - Psicografada por Francisco Cândido Xavier

DEUS TE VÊ



Deus te vê, alma querida,
Quando te pões na trilha escura,
Para ajudar aos filhos da amargura
Que tanta vez se vão
Como sombras errantes no caminho
– Chagas pensantes ao relento –,
Entre as nuvens do Pó e as pancadas do Vento
Com saudades do Pão...

Deus te vê a mensagem de bondade
Com que suprimes ou reduzes
As provações, as lágrimas e as cruzes
Dos que vagam na rua sem ninguém,
E te agradece as posses que desprendes,
No auxílio ao companheiro em desamparo,
Seja um tesouro inesperado e raro,
Seja um simples vintém!...

Deus te vê quando estendes braço amigo
Aos que carregam lenhos de tristeza,
Doando-lhes o afeto, o abrigo, a mesa,
O remédio, a camisa, o cobertor...
E, por altos recursos sem que o saibas,
Manda que a Lei te aumente os dons divinos,
Em mais belos destinos,
Para a glória do amor.

Deus te vê na palavra com que ensinas
A senda clara e boa
Da verdade que alenta e que abençoa
Sem perturbar e sem ferir...
E determina aos homens que teu verbo
Seja apoiado, aceito
E ouvido com respeito,
Na construção excelsa do porvir.

Deus te vê quando acolhes sem revide
O golpe da pedrada que te insulta,
O braseiro da ofensa, a dor oculta
Em ferida mortal...
E te louva o perdão espontâneo e sincero
Com que ajudas o Céu no trabalho fecundo
De extinguir sem alarde, entre as sombras do mundo,
A presença do mal!...

Deus te vê, através da caridade!...
Mas não só isso... Em paz calada e santa,
Pede alguém que te siga e te garanta
Na jornada de luz!...
E, por isso, onde estás, rujam trevas em torno,
Sofras humilhação, injúria, cativeiro,
Tens contigo um sublime companheiro:
– Nosso Amado Jesus...

                                                 Maria Dolores

In POETAS REDIVIVOS - Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos

ABOLIÇAO DO MAL



Quem se refere a perseguições e calúnias, rixas e desgostos, na maior parte das circunstâncias, está destacando a influência do mal.

Quantos milhares de caminhos, entretanto, para equilíbrio e restauração, alegria e esperança se todos nos empenhássemos a extinguir impressões negativas no nascedouro!

Determinado amigo terá incorrido no erro de que o acusam, todavia se nos afastamos da censura que o envolve, anotando-lhe unicamente as qualidades nobres de filho de Deus, com possibilidades de recuperação iguais às nossas, mais depressa se verá liberto da inquietação na sombra para readquirir a tranquilidade de consciência.

Certo acontecimento menos feliz haverá sido indiscutivelmente um desastre social, no entanto, se nos abstemos de comentá-lo nos aspectos destrutivos, teremos cooperado para que se lhe pulverizem os destroços morais, sem piores consequências.

Aquela injúria assacada contra nós efetivamente nos haverá queimado as entranhas do ser, entretanto desaparecerá nas correntes profundas do tempo, se nos consagramos a olvidá-la, sem comunicar-lhe o fogo devorador aos entes queridos, através de alegações menos edificantes.

Essa confidência amarga ter-nos-á atingido o coração, por farpa invisível, mas não ferirá outros, se nos dispusermos a esquecê-la.

Reflitamos na contribuição da paz a que todos somos chamados e para a qual todos somos capazes com segurança e eficiência.

Para começar, porém, de maneira substanciosa e definitiva, é preciso que o mal cesse de agir, tão logo nos alcance, encontrando em cada um de nós uma estação terminal das trevas.

EMMANUEL

Do livro "MÃOS UNIDAS" - edição IDE - ARARAS-SP psicografado por Francisco Cândido Xavier

ÓDIO E SUICÍDIO



Herdeiro de si mesmo, carregando, no inconsciente, as experiências transatas, o homem não foge aos atavismos que o jungem ao primitivismo, embora as claridades arrebatado­ras do futuro chamando-o para as grandes conquistas.

Liberar-se do forte cipoal das paixões animalizantes para os logros da razão é o grande desafio que tem pela frente.

Onde quer que vá, encontra-se consigo mesmo.

A sua evolução sócioantropológica é a história das contí­nuas lutas, em que o artista -o Espírito- arranca do bloco grotesco -a matéria- as expressões de beleza e grandiosida­de que lhe dormem imanentes.

Os mitos de todos os povos, na história das artes, das filo­sofias e das religiões, apresentam a luta contínua do ser liber­tando-se da argamassa celular, arrebentando algemas para fir­mar-se na liberdade que passa a usar, agressivamente, no co­meço, até converter-se em um estado de consciência ética plenificador, carregado de paz.

Em cada mito do passado surge o homem em luta contra forças soberanas que o punem, o esmagam, o dominam.

Gerado o conceito da desobediência, o reflexo da puni­ção assoma dominador, reduzindo o calceta a uma posição ínfima, contra a qual não se pode levantar, sequer justificar a fragilidade.

Essa incapacidade de enfrentar o imponderável -as for­ças desgovernadas e prepotentes- mais tarde se apresenta camuflada em forma de rebelião inconsciente contra a exis­tência física, contra a vida em si mesma.

Obrigado mais a temer esses opressores, do que a os amar, compelido a negociar a felicidade mediante oferendas e cul­tos, extravagantes ou não, sente-se coibido na sua liberdade de ser, então rebelando-se e passando a uma atitude formal em prejuízo da real, a um comportamento social e religioso conveniente ao invés de ideal, vivendo fenômenos neuróti­cos que o deprimem ou o exaltam, como efeitos naturais de sua rebelião íntima.

Ao mesmo tempo, procurando deter os instintos agressi­vos nele jacentes, sem os saber canalizar, sofre reações psi­cológicas que lhe perturbam o sistema emocional.

O ressentimento -que é uma manifestação da impotência agressiva não exteriorizada- converte-se em travo de amar­gura, a tornar insuportável a convivência com aqueles contra os quais se volta.

Antegozando o desforço -que é a realização íntima da fraqueza, da covardia moral- dá guarida ao ódio que o com­bure, tornando a sua existência como a do outro em um ver­dadeiro inferno.

O ódio é o filho predileto da selvageria que permanece em a natureza humana. Irracional, ele trabalha pela destrui­ção de seu oponente, real ou imaginário, não cessando, mes­mo após a derrota daquele.

Quando não pode descarregar as energias em descontrole contra o opositor, volta-se contra si mesmo articulando me­canismos de autodestruição, graças aos quais se vinga da so­ciedade que nele vige.

Os danos que o ódio proporciona ao psiquismo, por des­trambelhar a delicada maquinaria que exterioriza o pensa­mento e mantém a harmonia do ser, tornam-se de difícil cata­logação.

Simultaneamente, advêm reações orgânicas que se refletem nas funções hepáticas, digestivas, circulatórias, dando origem a futuros processos cancerígenos, cardíacos, cere­brais...

A irradiação do ódio é portadora de carga destrutiva que, não raro, corrói as engrenagens do emissor como alcança aquele contra quem vai direcionada, caso este sintonize em faixa de equivalência vibratória.

Lixo do inconsciente, o ódio extravasa todo o conteúdo de paixões mesquinhas, representativas do primarismo evo­lutivo e cultural.

Algumas escolas, na área da psicologia, preconizam como terapia, a liberação da agressividade, do ódio, dos recalques e castrações, mediante a permissão do vocabulário chulo, das diatribes nas sessões de grupo, das acusações recíprocas, pre­tendendo o enfraquecimento das tensões, ao mesmo tempo a conquista da auto-realização, da segurança pessoal.

Sem discutirmos a validade ou não da experiência, o ho­mem é pássaro cativo fadado a grandes vôos; ser equipado com recursos superiores, que viaja do instinto para a razão, desta para a intuição e, por fim, para a sua fatalidade plena, que é a perfeição.

Uma psicologia baseada em terapêutica de agressão e li­bertação de instintos, evitando as pressões que coarctam os anseios humanos, certamente atinge os primeiros propósitos, sem erguer o paciente às cumeadas da realização interior, da identificação e vivência dos valores de alta monta, que dão cor, objetivo e paz à existência.

Assumir a inferioridade, o desmando, a alucinação é ex­travasá-los, nunca sanar o mal, libertar-se dele por desneces­sário.

Se não é recomendável para as referidas escolas, a repres­são, pelos males que proporciona, menos será liberar alguns, aos outros agredindo, graças aos falsos direitos que tais paci­entes requeiram para si, arremetendo contra os direitos alheios.

A sociedade, considerada como castradora, marcha para terapias que canalizem de forma positiva as forças humanas, suavizando as pressões, eliminando as tensões através de pro­gramas de solidariedade, recreio e serviços compatíveis com a clientela que a constitui.

O ódio pressiona o homem que se frustra, levando-o ao suicídio. Tem origens remotas e próximas.

Nas patologias depressivas, há muito fenômeno de ódio embutido no enfermo sem que ele se dê conta. A indiferença pela vida, o temor de enfrentar situações novas, o pessimis­mo disfarçam mágoas, ressentimentos, iras não digeridas, ódios que ressumam como desgosto de viver e anseio por interromper o ciclo existencial.

Falhando a terapia profunda de soerguimento do enfer­mo, o suicídio é o próximo passo, seja através da negação de viver ou do gesto covarde de encerrar a atividade física.

Todos os indivíduos experimentam limites de alguma pro­cedência.

Os extrovertidos conquistadores ocultam, às vezes, lar­gos lances de timidez, solidão e desconfiança, que têm difi­culdade em superar.

Suas reuniões ruidosas são mais mecanismos de fuga do que recursos de espairecimento e lazer.

Os alcoólicos que usam, as músicas ensurdecedoras que os aturdem, encarregam-se de mantê-los mais solitários na confusão do que solidários uns com os outros.

As gargalhadas, que são esgares festivos, substituem os sorrisos de bem-estar, de satisfação e humor, levando-os de um para outro lugar-nenhum, embora se movimentem por cidades, clubes e reuniões diversos.

O ser humano deve ter a capacidade de discernimento para eleger os valores compatíveis com as necessidades reais que lhe são inerentes.

Descobrir a sua realidade e crescer dentro dela, aumen­tando a capacidade de ser saudável, eis a função da inteligên­cia individual e coletiva, posta a benefício da vida.

As transformações propõem incertezas, que devem ser enfrentadas naturalmente, como as oposições e os adversári­os encarados na condição de ocorrências normais do proces­so de crescimento, sem ressentimentos, nem ódios ou fugas para o suicídio.

O homem que progride cada dia, ascende, não sendo atin­gido pelas famas dos problematizados que o não podem acom­panhar, por enquanto, no processo de crescimento.

Alcançado o acume desejado, este indivíduo está em con­dições de descer sem diminuir-se, a fim de erguer aquele que permanece na retaguarda.

Ora, para alcançar-se qualquer meta e, em especial, a da paz, torna-se necessário um planejamento, que deflui da au­toconsciência, da consciência ética, da consciência do conhe­cimento e do amor,

O planejamento precede a ação e desempenha papel fun­damental na vida do homem.

Somente uma atitude saudável e uma emoção equilibra­da, sem vestígios de ódio, desejo de desforço, podem plane­jar para o bem, o êxito, a felicidade.

O HOMEM INTEGRAL - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

NECESSIDADE DE OBJETIVO


A busca de um sentido existencial por parte do ser humano constitui-lhe uma força inata impulsionadora para o seu progresso. Ao identificá-lo, torna-se-lhe o objetivo básico a ser conquistado, empenhando todos os recursos para a consecução da meta.
Graças a isso, que podem ser os seus ideais, as suas necessidades, as suas ambições, oferece a vida e não teme a morte, conseguindo, inclusive, permanecer sob as mais miseráveis e inumanas condições, desde que essa chama permaneça acesa interiormente.
Trata-se de um sentido pessoal que ninguém pode oferecer, e que é particular a cada qual. Torna-se, de futuro, um ideal de grupo, em razão de constituir inte­resse coletivo, porém a sua origem se encontra no nível de consciência e de pensamento individual, que elegem o que fazer e como fazê-lo. Não pode ser elegido por outrem ou brindado, senão conseguido pelo próprio ser.
Possivelmente será proposto quando se é despertado para o interesse, chamando-lhe a atenção, mas a sua eleição é pessoal.
Jesus, ante a transitoriedade dos valores terrestres e a fugacidade do corpo, propôs a busca do reino de Deus e Sua justiça, elucidando que, após esta prima­zia tudo mais será acrescentado. Isto é, estabelecendo o mais importante -o sentido, o objetivo existencial- as demais aspirações se tornam secundárias e chega­rão naturalmente.
Esse reino de Deus encontra-se na consciência tran­quila, que resulta do dever retamente cumprido, dos compromissos bem conduzidos, dos objetivos delinea­dos com acerto. Graças a essa diretriz, a aquisição dos recursos faz-se com naturalidade, como um acréscimo, que é a consequência básica.
Todos necessitam de um algo para motivar-se, para viver.
Essa busca de significado, de objetivo ou sentido não pode ser resultado de uma fé ancestral, isto é, de uma crença destituída de fatos, que se dilui ante difi­culdades, principalmente os conflitos internos, mas da luz da razão que se transforma em vontade de conse­guir uma vida mais expressiva, mais rica de conteúdo, de aspirações profundas e autênticas.
Um afeto familiar, um ideal em desenvolvimento, o lar, uma atividade dignificadora, o retorno a um ser­viço interrompido tornam-se, entre muitos outros, ob­jefivos que dão sentido à vida, favorecendo meios para se lutar.
Sustentaram incontáveis encarcerados nos campos de trabalho forçado e de extermínio, mesmo quando exauridos, e nada mais lhes restava, sempre aguardan­do ser o próximo a morrer... Ainda vitalizam milhões outros que se encontram em situações inumanas, víti­mas de homens e mulheres arbitrários, de sistemas in­justos, de situações penosas.
Certamente, o oposto também dá sentido -infeliz é certo- a outras existências: o ódio, o ressentimento, a ânsia de poder, tornando as suas trajetórias adrede fa­nadas, porque os mesmos são máscaras do ego ferido, que não se tornam razões de paz, antes se fazem contí­nuo tormento.
Quando se tem o porquê viver, a forma de como viver até lograr o objetivo torna-se secundária. Esse im­pulso primário no ser, faz que supere os obstáculos e impedimentos com o pensamento no que conseguirá.
Alguns psicoterapeutas afirmam que os princípios morais, que lhes parecem metafísicos, nada têm a ver com o sentido ou significado existencial. E se olvidam de todos quantos lhes entregaram as vidas, plenifican­do-se saudavelmente. Informam, ademais, que esse sen­tido resulta daquilo que pode enfrentar a existência, não nascendo com ela.
Somos de parecer que o sentido, o objetivo, o es­sencial, é a auto-superação das paixões, a auto-ilumi­nação para bem discernir o que se deve e se pode fazer, para harmonizar-se em si mesmo, em relação ao seu próximo e ao grupo social no qual se encontra, bem como à Vida, à Natureza, Deus...
Os princípios morais -alguns inatos ao ser huma­no- são indispensáveis. Não porém as imposições morais-sociais, geográficas, estabelecidas legalmente e logo desacreditadas. Mas aqueles que são inerentes, derivados do mais profundo e básico, que é o amor. Respeitar a vida, amando-a; fomentar o progresso, tra­balhando; construir a felicidade, perseverando; não fazer a outrem o que não deseja que o mesmo lhe faça, eliminam a possibilidade de consciência de culpa, de conflito, e dão-lhe um padrão para o comportamento equilibrado, uma diretriz para a conduta sadia.
O ser atua moralmente, porque sente o impulso interno da vida que se submete às Leis que a regem.
Essa força interior que o leva à prática dos atos cor­retos, o Bem, no início, é metafísica, pois procede do Psiquismo Causal, para depois tornar-se uma necessi­dade transformada em ações, portanto nos fatos que lhe confirmam a excelência.
Quando escasseiam esses princípios na mente e na emoção, o indivíduo, desestruturado, enferma e a mais eficaz solução é o amorterapia, impulsionando-o a per­mitir que desabrochem os sentimentos de fraternida­de, de solidariedade, de perdão, de auto-entrega, as­sim aparecendo significados para continuar-se a viver.
Muitos aposentados e idosos, depressivos diver­sos, que se neurotizaram, recuperam-se através do ser­viço ao próximo, da autodoação à comunidade, do la­bor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.
Sem meta não se vive, obedece-se aos automatis­mos fisiológicos em perigoso crepúsculo psicológico, a um passo do suicídio.
Quando o ser se percebe atuante, produtivo, ne­cessário, vibra e produz. Todo e qualquer contributo psicoterapêutico, logoterapêutico, há de considerar a autovalorização do paciente.
Jesus sintetizou-o, na resposta com que concluiu o diálogo com o sacerdote que o interrogara a respeito do reino dos céus: - Vai tu e faze o mesmo.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

CONFLITO AFETIVO


Na área das manifestações afetivas, o desenvolvi­mento da percepção deve dar-se de maneira espontânea, sem qualquer tipo de manipulação dos sentimentos.
Inata, em a criatura humana, a afetividade é fun­damental para um desenvolvimento emocional sau­dável, respondendo pela felicidade e auto-realização do ser.
A imaturidade dos adultos, não raro, desde cedo, por mecanismo de transferência de sentimentos con­flitivos, procura adquirir o afeto da criança median­te a sedução, que conduz, no íntimo, algum distúr­bio da libido. Naturalmente, esses, que assim se comportam, como muitos pais, não têm conhecimen­to da relação subjacente de conotação sexual.
Incapaz de compreender a sedução de que se faz objeto, a criança se sente impossibilitada de exer­cer o critério da livre escolha, ou de fazer exigências naturais para a conquista do que lhe resulta em prazer. Quando o consegue, descobre a maneira de chantagear, passando a mascarar os seus sentimen­tos e derrapando em interesses subalternos. Essa conduta propõe um dilema no processo psicológico da mesma, que é a dificuldade de como agir, de forma que a si mesma se agrade, sem desatender àquele que lhe proporciona prazer, embora por meio de astúcia, de ser livre e escolher a própria satisfação de maneira segura.
Nesse jogo de afetividade doentia, surge a rejei­ção como mecanismo punitivo, no qual o medo de ser descoberto pelo sentimento perturbador que man­tém, pune o ser que seduz, por haver-se tornado instrumento de gozo e de possível sofrimento.
Esse distúrbio resulta da carência que experi­mentam alguns adultos, que transferem, de imedia­to, para a prole, essa necessidade afetiva, passando a seduzir os filhos, não raro, amando-lhes os corpos, o contato físico, em razão da repulsa que sentem pelo próprio.
Conduta de tal natureza, além de afligir a crian­ça e perturbar-lhe o desenvolvimento psicológico saudável, contribui para que surjam conflitos afeti­vos. Poderá manter ojeriza pelo corpo, caso tenha observado o dos pais, especialmente se são exibici­onistas, e o apresentam com o pretexto de darem início a uma educação sexual, que ocorre no mo­mento inadequado.
A criança pode ser tomada de pavor em verificar como ficará na idade adulta, passando a realizar um conflito castrador, notando a ausência de beleza no corpo adulto. Porque ainda é incapaz de entender estética e harmonia, a exibição física dos pais ou de outro adulto qualquer, poderá provocar um sentimento de anulação do próprio corpo, passando a abandoná-lo, mesmo que inconscientemente.
O esquizóide, por exemplo, nega o corpo e assu­me, quase sempre, uma postura infantil e de incapa­cidade.
Somente o amor real, destituído de interesses perturbadores, consegue irradiar a luz da harmonia entre as criaturas. Será ele que oferecerá recursos para uma conduta saudável, pela força intrínseca de que é portador, anulando a possibilidade da instala­ção de conflitos.
Mesmo o esquizóide não se encontra imune ao amor. Tem dificuldade de amar, é certo, porém é receptivo ao amor. Quando este se lhe acerca, trans­forma-o, o ego nele predominante abandona sua he­gemonia, facultando que fique à disposição da outra pessoa.
Nesse estado, aquele que ama, não somente vive um sentimento de união com o ser amado, como também com tudo e com todos, em um estado de perfeita identificação. Alteram-se, ante as suas emo­ções, os painéis da natureza, e a vida flui de forma generosa, harmônica.
Indispensável que a conduta se encontre estabe­lecida entre parâmetros que definam como agir e como vivenciar as próprias experiências.
O conhecimento oferece recursos hábeis para o cometimento. No entanto, a espontaneidade não deve ser banida dessa conquista, em razão dos benefícios que proporciona. Uma atitude natural é muito mais valiosa do que aquela que se fez estruturar artifici­almente, oferecendo uma postura robotizada.
Por isso, o treinamento não pode eliminar a pos­sibilidade das reações normais, o que tornaria os gestos totalmente destituídos de encantamento e na­turalidade.
Certamente, se deve pensar antes de agir, parti­cularmente quando se é defrontado por circunstân­cias e ocorrências importantes. Todavia, o gesto afe­tivo espontâneo consegue muito mais do que as ar­timanhas e elaborações do intelecto. Ademais, o sen­timento puro irradia-se e conquista, enquanto a ati­tude estudada oferece gentileza mas não esponta­neidade.
O conhecimento exerce um grande valor na con­duta afetiva, no entanto, o estabelecimento de re­gras presentes em manuais de como conquistar pes­soas, de como mantê-las vinculadas, constitui um perigo para a própria expressão do amor, que se torna artificial, desinteressante, em razão de considerar-se o outro como objeto de uso, de exploração que, após preencher a finalidade, pode, a qualquer momento, ser deixado à margem.
Destacam-se dois elementos na área da afetivi­dade que não podem ser desconsiderados: o conhe­cimento e o sentimento. O conhecimento amplia os horizontes, mas o sentimento vivencia-os. O conhe­cimento liberta, porém o sentimento dá calor e vida.
Não seria fácil estabelecer uma escala de valores para demonstrar qual dos dois é mais importante na estruturação da vida afetiva. Deve-se, no entanto, ter em conta que o amor trabalhado mediante fór­mulas é destituído de luz e de calor, com duração efêmera, podendo saturar com rapidez.
Por outro lado, o sentimento sem controle escra­viza, perturbando a função afetiva com exigências descabidas, principalmente se o ego comanda a con­duta.
Ideal, portanto, que o ato afetivo seja espontâ­neo, sem fórmulas, com respeito e doação, com calor e sem ardência, o que se consegue mediante a edu­cação do sentimento.
Costuma-se afirmar que o coração não pode ser educado, o que é verdade, no entanto, podem ser orientadas as explosões do ego como necessidade afetiva.
Seria desejável que essa proposta de educação dos sentimentos, começada no lar, prosseguisse na escola, de forma que a criança pudesse experienciar a afetividade sem afetação, sem sedução, evitando­-se, por consequência, o fenômeno da rejeição.
Nesse programa educativo, seria viável que se retomasse a espontaneidade, ao lado do currículo estabelecido sem rigidez, para que se logre, na com­petitividade do grupo social, a produção e a con­quista de recursos financeiros compensadores para o ego e realizadores para o Self.
Todo recurso de sedução é prejudicial, em razão da falta de autenticidade afetiva, propondo confli­tos, perfeitamente dispensáveis.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

AMORTERAPIA


Na causalidade atual dos distúrbios psicológicos, como naquelas anteriores, sempre se encontrará o amor-ausente como responsável.
Animalizado pelos instintos em predomínio, fez-se responsável pelos comprometimentos morais e psi­cológicos, que engendraram os distúrbios complexos desencadeadores das personalidades psicopáticas, ora exigindo-lhes alteração de conduta interior, a fim de experimentarem equilíbrio, sem os transtornos afligen­tes.
A conquista do amor é resultado de processos emo­cionais amadurecidos, vivenciados pela conquista do Si.
Inicialmente, dá-se a paulatina conscientização da própria humanidade em latência, quando lampejam os sentimentos de solidariedade, de interdependência no grupo social, de afetividade desinteressada, de partici­pação no processo de crescimento da sociedade.
Cada conquista que vai sendo adquirida enseja maior perspectiva de possível desenvolvimento, en­quanto as necessidades da evolução desenham mais amplos espaços de movimentação emocional.
O problema do espaço físico, que contribui para a agressividade animal, à medida que se faz reduzido para a população que o habita, passa a ser enfocado de maneira diversa, em razão de o sentimento de amor demonstrar que a pessoa ao lado ou distante não é mais a competidora, aquela adversária da sua liberdade, mas se trata de participante das mesmas alegrias e oportu­nidades que se apresentam favoráveis a todos os seres.
O pensamento, irradiando essa onda de simpatia afetuosa, estimula os neurônios à produção de enzimas saudáveis que respondem pela harmonia do sistema nervoso simpático e estímulo das glândulas de secre­ção endócrina, superando as toxinas de qualquer natu­reza, responsáveis pelos processos degenerativos e pela deficiência imunológica, que faculta a instalação das doenças.
Por outro lado, face ao enriquecimento emocional que o amor proporciona, a alegria de viver estimula a multiplicação de imunoglobulinas que preservam o or­ganismo físico de várias infecções tornando-se respon­sáveis por um estado saudável.
Ao mesmo tempo, a irradiação psíquica produzi­da pelo amor direciona vibrações específicas em favor das pessoas enfocadas que, permitindo-se sintonizar com essa faixa, beneficiam-se das suas ondas carrega­das de vitalidade salutar.
O Universo é estruturado em energia que se expande em forma de raios, ondas, vibrações... O ser hu­mano, por sua vez, é um dínamo produtor de força que vem descobrindo e administrando tudo quanto o cer­ca.
À medida que penetra a sonda do conhecimento no que jazia ignorado, descobre a harmonia em tudo presente, identificando um fator comum, causal, pre­dominando em a Natureza, que pode ser decodificado como sendo o hálito do Amor, do qual surgiram os elementos constitutivos do Cosmo.
A identificação dessa força poderosa, que é o amor, faculta a sua utilização de maneira consciente em favor de si mesmo como de todas as formas vivas.
As plantas absorvem as emanações do amor ou sentem-lhe a ausência, ou sofrem o efeito dos raios de­sintegradores do ódio, que é o amor enlouquecido e destruidor. Os animais enternecem-se, domesticam-se, quando submetidos ao dinamismo do amor que educa e cria hábitos, vitalizando-se com a ternura ou depere­cendo com a sua falta, ou extinguindo-se com as atitu­des que se lhe opõem.
O ser humano, mais sensível, porque portador de mais amplas possibilidades nervosas de captação -pode-se afirmar com segurança-, vive em função do amor ou desorganiza-se em razão da sua carência.
Amorterapia, portanto, é o processo mediante o qual se pode contribuir conscientemente em favor de uma sociedade mais saudável, logo, mais justa e nobre.
Essa terapia decorre do auto-amor, quando o ser se enriquece de estima por si mesmo, descobrindo o seu lugar de importância sob o sol da vida e, esplen­dente de alegria reparte com as demais pessoas o sentimento que o assinala, ampliando-o de maneira vigoro­sa em benefício das demais criaturas.
Enquanto as irradiações do ódio, da suspeita, do ciúme, da inveja e da sensualidade são portadoras de elementos nocivos, com alto teor de energias destruti­vas, o amor emite ondas de paz, de segurança, susten­tando o ânimo alquebrado pela confiança que transmi­te, de bondade pelo exteriorizar do afeto, de paz em razão do bem-estar que proporciona, de saúde como efeito da fonte de onde se origina.
Ao descobrir-se a potência da energia do amor, faz-se possível canalizá-la terapeuticamente a benefício próprio como do próximo.
Desaparecem, então, a competição doentia e per­versa, o domínio arbitrário e devorador do egoísmo, surgindo diferente conduta entre os indivíduos, que se descobrirão portadores de inestimáveis recursos de paz e de saúde, promotores do progresso e realizado­res da felicidade na Terra.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

AMORTERAPIA



Na causalidade atual dos distúrbios psicológicos, como naquelas anteriores, sempre se encontrará o amor-ausente como responsável.
Animalizado pelos instintos em predomínio, fez-se responsável pelos comprometimentos morais e psi­cológicos, que engendraram os distúrbios complexos desencadeadores das personalidades psicopáticas, ora exigindo-lhes alteração de conduta interior, a fim de experimentarem equilíbrio, sem os transtornos afligen­tes.
A conquista do amor é resultado de processos emo­cionais amadurecidos, vivenciados pela conquista do Si.
Inicialmente, dá-se a paulatina conscientização da própria humanidade em latência, quando lampejam os sentimentos de solidariedade, de interdependência no grupo social, de afetividade desinteressada, de partici­pação no processo de crescimento da sociedade.
Cada conquista que vai sendo adquirida enseja maior perspectiva de possível desenvolvimento, en­quanto as necessidades da evolução desenham mais amplos espaços de movimentação emocional.
O problema do espaço físico, que contribui para a agressividade animal, à medida que se faz reduzido para a população que o habita, passa a ser enfocado de maneira diversa, em razão de o sentimento de amor demonstrar que a pessoa ao lado ou distante não é mais a competidora, aquela adversária da sua liberdade, mas se trata de participante das mesmas alegrias e oportu­nidades que se apresentam favoráveis a todos os seres.
O pensamento, irradiando essa onda de simpatia afetuosa, estimula os neurônios à produção de enzimas saudáveis que respondem pela harmonia do sistema nervoso simpático e estímulo das glândulas de secre­ção endócrina, superando as toxinas de qualquer natu­reza, responsáveis pelos processos degenerativos e pela deficiência imunológica, que faculta a instalação das doenças.
Por outro lado, face ao enriquecimento emocional que o amor proporciona, a alegria de viver estimula a multiplicação de imunoglobulinas que preservam o or­ganismo físico de várias infecções tornando-se respon­sáveis por um estado saudável.
Ao mesmo tempo, a irradiação psíquica produzi­da pelo amor direciona vibrações específicas em favor das pessoas enfocadas que, permitindo-se sintonizar com essa faixa, beneficiam-se das suas ondas carrega­das de vitalidade salutar.
O Universo é estruturado em energia que se expande em forma de raios, ondas, vibrações... O ser hu­mano, por sua vez, é um dínamo produtor de força que vem descobrindo e administrando tudo quanto o cer­ca.
À medida que penetra a sonda do conhecimento no que jazia ignorado, descobre a harmonia em tudo presente, identificando um fator comum, causal, pre­dominando em a Natureza, que pode ser decodificado como sendo o hálito do Amor, do qual surgiram os elementos constitutivos do Cosmo.
A identificação dessa força poderosa, que é o amor, faculta a sua utilização de maneira consciente em favor de si mesmo como de todas as formas vivas.
As plantas absorvem as emanações do amor ou sentem-lhe a ausência, ou sofrem o efeito dos raios de­sintegradores do ódio, que é o amor enlouquecido e destruidor. Os animais enternecem-se, domesticam-se, quando submetidos ao dinamismo do amor que educa e cria hábitos, vitalizando-se com a ternura ou depere­cendo com a sua falta, ou extinguindo-se com as atitu­des que se lhe opõem.
O ser humano, mais sensível, porque portador de mais amplas possibilidades nervosas de captação -pode-se afirmar com segurança-, vive em função do amor ou desorganiza-se em razão da sua carência.
Amorterapia, portanto, é o processo mediante o qual se pode contribuir conscientemente em favor de uma sociedade mais saudável, logo, mais justa e nobre.
Essa terapia decorre do auto-amor, quando o ser se enriquece de estima por si mesmo, descobrindo o seu lugar de importância sob o sol da vida e, esplen­dente de alegria reparte com as demais pessoas o sentimento que o assinala, ampliando-o de maneira vigoro­sa em benefício das demais criaturas.
Enquanto as irradiações do ódio, da suspeita, do ciúme, da inveja e da sensualidade são portadoras de elementos nocivos, com alto teor de energias destruti­vas, o amor emite ondas de paz, de segurança, susten­tando o ânimo alquebrado pela confiança que transmi­te, de bondade pelo exteriorizar do afeto, de paz em razão do bem-estar que proporciona, de saúde como efeito da fonte de onde se origina.
Ao descobrir-se a potência da energia do amor, faz-se possível canalizá-la terapeuticamente a benefício próprio como do próximo.
Desaparecem, então, a competição doentia e per­versa, o domínio arbitrário e devorador do egoísmo, surgindo diferente conduta entre os indivíduos, que se descobrirão portadores de inestimáveis recursos de paz e de saúde, promotores do progresso e realizado­res da felicidade na Terra.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS