A morte tem sido uma das grandes indagações humanas, ao longo de toda sua história planetária!...
Para os povos de cultura espiritualista, qualquer que seja a orientação filosófica, ela tem sido vista como fenômeno natural e essa percepção atenua os impulsos instintivos naturais da sobrevivência e, portanto, não há temor à morte...
Na cultura ocidental, onde as ideais de céu e inferno, juízo final, etc. estão profundamente sedimentadas, o temor à morte se generaliza, reforçado ainda pela disseminação das idéias materialistas, ainda que de forma sub-reptícia, vez que nos dizemos religiosos dessa ou daquela orientação, mas nossas ações são ditadas quase exclusivamente por uma visão materialista da vida...
Para nós ocidentais, mesmo quando luarizamos nossas idéias com os ensinamentos de Jesus à luz da doutrina dos espíritos, a morte assume características de verdadeiro terror... Associamo-la a perdas, à finitude e tememo-la com todas as forças da alma!...
Muitos de nós, embora nos digamos espíritas, organizamos nossas vidas na realidade única do corpo físico, do mundo material... Como se fossemos um corpo que tem alma, quando nossa realidade última é justamente o contrário, pois somos um espírito revestido transitoriamente de um corpo físico...
Urge que nossas reflexões interiores construam condições a nos libertarmos do atavismo da matéria e nos incluirmos definitivamente na Era do Espírito, transformando nossas vidas... Assim, estaremos abrindo percepções e sintonias que possibilitarão a tecitura do 'traje nupcial' das citações evangélicas, granjeando condições efetivas ao "banquete nupcial"!!!
Paz Morais