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sábado, 24 de dezembro de 2011

A COR DA PUREZA


Uma das belas passagens evangélicas, de singeleza e profundidade sem igual, refere-se à pureza de coração e inocência -no sentido de ausência de maldade preconceituosa-... “Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham. – Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará." (MARCOS, 10:13 a 16)...
Convida-nos a entender que a harmonia, o equilíbrio, o bem e a paz que caracterizam os mais elevados planos da vida, exigem a total superação da malícia, da esperteza, do preconceito, da incompreensão, da intolerância, da sintonia, enfim, com os aspectos inferiores da existência, com os sentimentos ainda inferiorizados característicos da ignorância e do estágio evolutivo ainda primário!...
A sociedade dos atuais dias de conturbação transformadora tem se estruturado em sentido bastante distanciado desses preceitos, ao optar pelo hedonismo exacerbado como base de suas relações!...
Importa, pois, não somente nos dedicarmos ao aprendizado daqueles conceitos, mas também à sua disseminação no tecido social através de processos educativos, em especial junto à infância e adolescência, em que ainda encontramos terreno fértil para mudanças de rumo!...
Para aqueles que já cristalizaram a insídia dos maus hábitos, apenas o tempo e suas experiências -muitas vezes dolorosas- transformadoras da intimidade do ser, conseguirá despertar para novos rumos!...
Sempre atual o convite ao aprendizado da pureza de coração exarado no ensinamento em pauta!...
Possamos estar atentos e vigilantes para esse aprendizado redentor de nossas almas, imersas na conturbação desses dias de mudanças!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A BOA PARTE


Indiscutivelmente, estamos muito mais sintonizados com os aspectos negativos da vida!...
Os nossos processos educativos e socializadores, mais das vezes, evidenciam a negatividade... Falamos, por exemplo, diversos "nãos" para nossas crianças ao longo dos dias de interação educadora e formadora, e que perpetua esse modo de ver, perceber e se colocar na vida, no viés do erro...
Reclamamos que os meios de comunicação privilegiam o desastre, o chulo, o erro, a maldade, a perversão, em suas programações -e isso é um fato-, mas o ibope sobe proporcionalmente aos escândalos apresentados, o que reforça a busca incessante por escândalos...
As coisas boas que acontecem à nossa volta -e elas acontecem a todo momento- não nos motivam empreender sua divulgação... Entretanto, costumamos propagar a maldade, a calúnia, o destempero que presenciamos ou, o que é ainda mais grave, que nos contaram...
Quando ocorre um acidente ou um escândalo, pessoas acorrem pressurosas para observar e comentar, raramente para socorrer ou contribuir para a solução do caso em questão...
Observamos todas as imperfeições morais, todos os defeitos e diatribes dos outros em detrimento das qualidades e potencialidades de que todos, indistintamente, somos portadores, ao tempo que nos colocamos com extremada benevolência em relação a nós outros...
Seguimos, assim, reclamando da maldade do mundo, esquecidos de que a nossa sintonia reforça, tanto sua percepção quanto sua proximidade de nós mesmos...
Claro que mudar o foco de nossas cogitações no sentido de enxergarmos o lado bom das coisas e das pessoas irá nos exigir determinação, vontade forte e persistência...
Dedicando-nos, entretanto, a esse aprendizado de educação do olhar e do pensar, perceberemos logo que começamos a construir mais calma, mas serenidade e paz interior, tão necessárias nos tempos atuais...
Que tal mudarmos as lentes do nosso olhar para uma polaridade positiva perante os fatos da vida?... Buscarmos sempre o lado bom das coisas e pessoas, da vida!...
Sintonizados na boa parte iremos, gradativamente, nos inserindo na parte boa da vida!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A AFABILIDADE E A DOÇURA


Os tempos atuais são de banalizações...
Garroteadas pelo hedonismo que se constitui como pilar estruturador da sociedade dos dias de hoje, as pessoas, apressadas na busca do gozo efêmero e ilusório, não tem tempo para a relação humana e, portanto, nossas relações desumanizam-se, o respeito mutuo desaparece, a atenção ao outro desvanece, o egoísmo enlouquece...
Nesse caudal de um viver egóico e hedonista, apenas o "eu" se faz presente... O outro é banalizado, assumindo importância apenas e tão somente enquanto instrumento de satisfação e preenchimento das necessidades do ego que sobre tudo impera...
A violência nas relações, assim, se impõe sempre que o ego se insatisfaz, num crescendo de alienação que parece a tudo envolver...
São tempos a exigir, a todo aquele que ainda resiste à vertigem massificadora hedonista, o cultivo redobrado da indulgência, da afabilidade e doçura no relacionar-se com todos, indistintamente, mas, também, firmeza de princípios para não se deixar envolver pela verdadeira hecatombe da degeneração dos costumes...
Até parece que os bichos estão todos soltos... A animalidade interior se exterioriza em volúpias de desregramentos, de insanidade, de violência e desatinos...
Mesmo a tintura da socialização, que mascara os instintos, num processo que deveria conduzir, com o tempo, ao melhor controle das emoções, parece estar desgastada pela ação caustica do hedonismo... Podemos observar isso não somente em adultos, também as crianças já se contaminam nesse processo alienador...
Esses são dias verdadeiramente apocalípticos!...
Mais que em qualquer outra época, a exortação da Boa Nova "Orai e vigiai" se faz urgente como antídoto à psicosfera densa e desequilibradora...
Importa atenção e redobrado esforço no aprendizado da verdade que nos liberta do jugo do erro -filho dileto da ignorância- e do aprendizado vivencial do amor, chave para a redenção de nossas almas!!!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O HOMEM INTEGRAL


As enciclopédias definem o homem como um “animal racional, moral e social, mamífero, bípede, bímano, capaz de linguagem articulada, que ocupa o primeiro lugar na escala zoológica; ser humano...”
O momento mais eloquente do seu processo evolutivo deu-se quando adquiriu a consciência para discernir o bem do mal, a verdade da impostura, o certo do errado, prosseguindo na marcha ascensional que o conduzirá às culminâncias da angelitude.
Estudado largamente através dos séculos, Pitágoras afir­mava que ele (o homem) é a medida de todas as coisas, en­quanto Sócrates elucidava ser o objeto mais direto da preo­cupação filosófica.
Durante o estoicismo e o neoplatonismo houve uma preocupação para que ocorresse a “dissolução do homem em a Natureza”, mesmo aí revelando a grande preocupação de ambas as escolas com este ser admirável.
Na conceituação cristã ele “transcende o mundo”, em uma dimensão totalmente diferente desta.
Já o racionalismo o considera, desde Descartes, como o “ser pensante por excelência, como a razão que compreende e explica o mundo e a si mesma.”
No espiritualismo idealista o “espírito tem a primazia em tudo que se relaciona com o mundo e a vida humana”, en­quanto que para o materialismo o “espírito não é mais que uma forma de atividade da matéria que, em determinada fase de sua evolução, de formas simples para outras mais comple­xas, adquiriu consciência...”
Mivart, o célebre naturalista inglês, analisando, psicologicamente, o homem, esclarece que ele “difere dos outros animais pelas características da abstração, da percepção intelectual, da consciência de si mesmo, da reflexão, da memória racional, do julgamento, da síntese e indução intelectual, do raciocínio, da intuição intelectual, das emoções e sentimen­tos superiores, da linguagem racional, do verdadeiro poder de vontade.”
Sócrates e Platão estabeleceram que o homem era o re­sultado do ser ou Espírito imortal e do não ser ou sua matéria que, unidos, lhe facultavam o processo de evolução.
Os filósofos atomistas reduziam-no ao capricho das par­tículas que, em se desarticulando, aniquilavam-se através do fenômeno biológico da morte.
Jesus, superando todos os limites do conhecimento, fez-se o biótipo do Homem Integral, por haver desenvolvido to­das as aptidões herdadas de Deus, na condição de ser mais perfeito de que se tem notícia.
Toda a Sua vida é modelar, tornando-se o exemplo a ser seguido, para o logro da plenitude, de quem deseja libertação real.
A Filosofia, mediante as suas diversas escolas, tem pro­curado oferecer ao homem caminhos que o felicitem em con­tínuas tentativas de interpretar a vida e entendê-lo.
A Psicologia, que inicialmente se confundia com a estru­tura filosófica, de passo em passo libertou-se de seu jugo e, buscando estudar a psique, alcançou, na atualidade, expres­são de relevo para a compreensão do homem, dos seus pro­blemas e seus desafios psicológicos.
A multiplicidade de tendências ora vigentes, nessa área, comprova o interesse dos estudiosos desta e de outras disci­plinas do conhecimento, buscando a libertação do indivíduo em relação aos desafios e dificuldades que o afligem.
Algo recentemente (1966) surgiu, nos Estados Unidos, a quarta força em Psicologia, que é a Transpessoal, ampliando o campo de investigação além do Behaviorismo, da Psicaná­lise e da Psicologia Humanista, fornecendo mais amplos es­clarecimentos sobre o homem integral...
Os seus pioneiros vieram dos quadros da Psicologia Humanista, facultando a introdução de alguns ensinamentos e experiências orientais, graças aos quais abrem espaços para uma visão espiritualista do ser humano em maior profundi­dade.
O Espiritismo, por sua vez, sintetizando diversas corren­tes de pensamento psicológico e estudando o homem na sua condição de Espírito eterno, apresenta a proposta de um comportamento filosófico idealista, imortalista, auxiliando-o na equação dos seus problemas, sem violência e com base na reencarnação, apontando-lhe os rumos felizes que deve se­guir.
Na presente Obra fazemos um estudo de diversos fatores de perturbação psicológica, procurando oferecer terapias de fácil aplicação, fundamentadas na análise do homem à luz do Evangelho e do Espiritismo, de forma a auxiliá-lo no equilí­brio e no amadurecimento emocional, tendo sempre como ser ideal Jesus, o Homem Integral de todos os tempos.
Embora reconheçamos singela a nossa contribuição, esperamos de alguma forma auxiliar aqueles que nos leiam com real desejo de renovação e de aquisição de saúde psicológica, consciente de havermos feito o máximo ao nosso alcance, neste grave momento da Humanidade.
O HOMEM INTEGRAL - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS
PS: Introdução do livro em referência, cujos temas já foram apresentados, item  item. Em páginas deste blog.