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sábado, 12 de novembro de 2011

VER, VENDO!


Ver!...Variados são os significados da visão!...
Mesmo na dimensão meramente física, em função de nosso corpo não ser nossa realidade última, mas apenas veículo de expressão do psiquismo profundo, em muitos momentos vemos sem ver, sem notar sem perceber, sem nos dar conta do que realmente vimos...
A rotina, embora exerça a importante função de organizar as coisas em parâmetros do automatismo, traz em si mesma esse efeito secundário devastador de tudo banalizar!...
Instrumento de adaptabilidade dos processos da vida, quando não devidamente vigiado e controlado pelos impulsos criativos da evolução, envolve-nos em energias de estagnação, de conformismo adaptativo, colocando-nos, quedos, à margem da estrada da vida, enquanto a caravana evolutiva segue...
Assim, ao banalizarmos nossa capacidade de ver, passamos a não perceber o que vemos, o que equivale a não ver efetivamente!...
Há, outrossim, a dimensão da visão da alma!... Essa visão cósmica que diz respeito ao mais íntimo do nosso ser, e cujas percepções podem nos aproximar da luminosidade da angelitude e de Deus, ou nos mergulhar nas sombras profundas da ignorância, onde vige a violência, o medo, a angústia, a inquietação, a dor!...
Também nessa dimensão, processos de banalização instituídos por nossa adaptabilidade aos caminhos e descaminhos da vida se faz presente...
É como aquela expressão popular de que "O habito faz o monge"... Vamo- nos "acostumando" aos comportamentos, próprios ou de terceiros, que se repetem, sejam eles construtores do equilíbrio ou de desatinos...
Daí a importância da máxima evangélica do "Orai e vigiai", convidando-nos a estarmos atentos a direcionar nossos "costumes" na prática de pensamentos e atos éticos e equilibradores do ser e do viver...
Possamos todos estarmos, pois, atentos e vigilantes em todas as dimensões da visão e da percepção, dedicando-nos à busca da verdade que liberta e ao serviço do bem e, assim, nos estaremos encaminhado a rumos redentores!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

OS TALENTOS


O ensinamento evangélico aborda com maestria a questão dos talentos, embora na linguagem metafórica -bastante empregada à época, dada as limitações do entendimento humano de então- da "Parábola dos Talentos"...
Os talentos representariam as potencialidades divinas colocadas à disposição de cada um de nós, segundo nossas capacidades e necessidades evolutivas, e que, sob os impositivos das leis naturais seríamos instados a prestar contas do aprendizado e adequada utilização...
A cada um segundo seu esforço de aproveitamento de oportunidades anteriores, em determinada existência no véu do tempo ou na presente... Na linguagem evangélica, "Segundo suas obras"!...
Dessa forma, vamos adquirindo níveis acrescidos de autoconsciência e nos capacitando para voos mais acendrados nos horizontes da vida!...
Importa, pois, consoante o ensinamento evangélico, de um lado multiplicar os talentos, oportunidades de aprendizado que nos foram disponibilizadas no hoje... Por outro, subtrairmos nossa atenção dos talentos alheios -comportamento a que ainda muito nos dedicamos-, focando-a naquilo que a vida nos está a oferecer como potencialização de nossa caminhada evolutiva...
Filhos diletos do Pai que somos todos nós, inexistem deserdados da "sorte"!... Cada um de nós recebemos, sempre, os talentos, instrumentos de que necessitamos para as atuais experiências na vida!..
Dediquemo-nos, pois, com esforço redobrado, ao desenvolvimento dessas verdadeiras sementes divinas em nós!...
 Se necessário, desenterremos esses tesouros que a nossa incúria relegou ao ostracismo!... Tornemo-nos aplicados aprendizes da vida, a benefício próprio e coletivo!!!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O VALOR DAS PEQUENAS COISAS


Um dos aprendizados de quem participa de processos de Qualidade Total nas empresas, é que ela se constrói nas pequenas coisas, nos detalhes... Esses pequenos detalhes fazem toda a diferença na proposta de encantar o cliente e, assim, não somente conquistá-lo, mas fidelizá-lo...
Esse foi um dos aspectos, entre tantos outros, que nos chamaram a atenção, nas ocasiões em que nos dedicamos à instrutoria de processos de implantação da qualidade total!... Mesmo porque constitui-se como realidade da vida, em todos os seus processos!...
A sociedade hodierna, entretanto, estruturada nos pseudo-valores do hedonismo, do consumismo e do agorismo, massifica a forma de ver, de se relacionar, de perceber e perceber-se na vida!... Assim, passamos a não perceber, a não dar atenção às pequenas coisas que oferecem beleza, poesia, sentido e dinamismo ao viver, ao existir!...
Precisamos reaprender a ouvir a voz das coisas, dos fatos, da natureza, do universo, do nosso próprio interior, a nos comunicar as belezas da vida!...
Percebermos que as indelicadezas do cotidiano são causas, mais das vezes, das separações aparentemente sem explicações... Que a atenção tão desejada e fugidia, nasce de nossa própria atenção em relação aos outros, tanto quanto nossa desatenção nos distancia de tudo e de todos...
Que a acidez no trato, ocasionada pelos ressentimentos acalentados em nosso íntimo; a ausência do perdão, mesmo de coisas insignificantes; a impaciência ante aqueles que se nos apresentam diferentes de nosso modo de ser e de pensar; tudo isso, constituem pequenos detalhes que se vão somando e construindo o martirológio das relações conflituosas!...
Que a crítica gratuita, a fofoca, a maledicência, o juízo de qualquer teor -pior ainda se maldoso- funcionam como sementeira de ruína de nossas relações, de nossa paz, de nosso equilíbrio interior, de nossa felicidade!...
Que o cultivo da pressa e do imediatismo nos cega os olhos da alma para o colorido que a vida, sempre exuberante e bela, está a nos oferecer a todo instante!...
As belezas e exuberâncias da vida estruturam na simplicidade de que ela se reveste, na espontaneidade com que se expressa e no pulsar contínuo da mudança com que baila. Precisamos despertar a criança interior, adormecida pelo processo de socialização massificador, para podermos voltar a ter olhos de ver e ouvidos de ouvir...
Atentemos, pois, para essas pequeninas coisas que constroem a relação saudável, ainda mais pela certeza de que é na relação que se processa o aprendizado ético moral que todos carecemos desenvolver com urgência!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


DE CAMINHO EM CAMINHO
A proposta da vida, tanto na visão da filosofia ancestral e da psicologia profunda, é pedagógica!...
Essas ideias nos foram apresentadas ao longo da história humana, preparando-nos para o grande Sol da Verdade que viria nos arrebatar com os ensinamentos redentores... E surge o Rabi Galileu com seu canto de amor, a nos demonstrar ser o Amor a origem e o fim da vida, o Alfa e o Ômega do universo!...
A mensagem é tão singela quanto profunda e arrebata os corações e mentes já despertadas pelos ensinamentos da imortalidade!...
Aprendizes da vida, que somos todos nós, ainda na fase da "pré-escola da vida", encontramo-nos no dealbar da consciência humana. Embora ainda profundamente imersos nos automatismos do primarismo, que ainda insistimos em cultivar, somos seres angélicos em destino!...
Nesse contexto de nossas experiências, a dificuldade, a dor, mesmo os descalabros, fazem parte dos mecanismos evolutivos, a nos desafiar à superação da sombra que ainda vige em nós, fazendo fulgir a luz da redenção, a esforço próprio no aprendizado da verdade que liberta, ou seja, do amor!...
Importa, pois, estarmos atentos às oportunidades do aprender e do servir, transformando espinhos e pedras do caminho em construção do bem!...
Certamente, conforme sabemos sói acontecer, encontraremos ocorrências do caminho que escolhamos -e pessoas ao longo dele-, que se apresentarão como verdadeiros entraves, por ainda cultuarem a ignorância -mãe dileta do mal- ... Cabe-nos não nos vincularmos às ideias do mal, compadecendo-nos da ignorância e dos ignorantes e nos dedicando à ação fraterna...
Aprendamos, definitivamente, que o erro faz parte do processo de aprendizado da vida e, construamos, assim, a tolerância, a compreensão, a fraternidade, o amor em nossas relações!...
E assim, sintonizemos com o bem, fortalecendo-nos o ânimo nos embates do caminho, saindo da reclamação contumaz para a ação ético-moral cristã, na compreensão mais profunda da proposta da Doutrina dos Espíritos ao nos asseverar "Fora da Caridade não há salvação"... Sigamos, pois, de caminho em caminho, aproveitando as lições que a vida nos oferece, sempre!...
Esqueçamos as tribulações, as dores, as provas, focando o porvir numinoso que estaremos a construir, na tecedura do traje nupcial que nos ensejará adentrar ao banquete espiritual, no Reino!!!