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sábado, 24 de setembro de 2011

O VAZIO EXISTENCIAL



Nesse processo de superação do primarismo, quan­do o Self adquire discernimento, se não houve um amadurecimento paulatino e cuidadoso, ocorrem, se­gundo Viktor Frankl, em seus estudos e aplicações lo­goterápicos, dois fenômenos que respondem pelo vazio existencial: a perda de alguns instintos animais, básicos, que lhe davam segurança, e o desaparecimen­to das tradições que se diluem, e antes eram-lhe para­digmas de equilíbrio.
Diante disso, o indivíduo é obrigado a escolher, com discernimento para eleger, dando surgimento a outro tipo de instinto de sobrevivência para prosse­guir lutando. Sem uma decisão clara, torna-se ins­trumento dos outros, agindo conforme as demais pessoas, em atitude conformista, não reagindo aos im­positivos do meio, perdendo-se, sem motivação, ou se deixa conduzir pelos interesses do grupo, atuan­do conforme o mesmo, que lhe impõe comportamentos agressivos, anulando o seu interesse e alterando o seu campo de ação.
Naturalmente perde o contato com o Self para que sobreviva o ego, e assimilando o que é bem da época, assume os modismos e se despersonaliza.
Nesse vazio que surge, por falta de motivação real para prosseguir, foge para o alcoolismo, para as dro­gas, para o sexo ou tomba em depressão...
Noutras vezes, para ocultar essa lacuna na emoção -o vazio existencial- refugia-se em comportamentos impróprios, buscando o poder, a glória efêmera atra­vés dos quais chama a atenção, torna-se brilhante sob os focos de luz da fama, neurotizando-se.
Dá-se conta de que as complexas engrenagens do poder e da glória continuam permitindo o vazio interi­or -porque se satura com rapidez das novidades do exterior- percebe também que as compensações do prazer sexual são frustrantes quão ligeiras, produzin­do um certo estado de amargura que parece inexplicá­vel.
Mui comumente surgem comentários no grupo social, a respeito de alguém que tem tudo -dinheiro, família, beleza, inteligência, poder- e, no entanto, pa­rece não ser feliz.
Sucede que esse tudo não preenche o vazio, fal­tando o sentido da vida, seu significado, sua razão de ser.
A tensão de novas buscas e a saturação que de­corre do conseguir, resultam em transtorno neuróti­co.
Com o tempo disponível e falta de objetivo, a úni­ca saída emocional é o mergulho na depressão. Essa ocorrência é comum nas pessoas atuantes que param de agir abruptamente, por enfermidades, por aposen­tadoria, pelos feriados e períodos de férias, que lhes abrem as feridas existenciais do vazio.
A psicoterapia unida à logoterapia amenizam a si­tuação, propondo um sentido natural à existência, ob­jetivos duradouros, que exigem esforço, embora sejam compreensíveis as recaídas até a fixação dos novos va­lores.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A BUSCA DO SENTIDO EXISTENCIAL


Existir significa ter vida, fazer parte do Universo, contribuir para a harmonia do Cosmos.
A existência humana é uma síntese de múltiplas experiências evolutivas, trabalhadas pelo tempo atra­vés de automatismos que se transformam em instintos e se transmudam nas elevadas expressões do sentimen­to e da razão.
À medida que os automatismos biológicos se con­vertem em impulsos dirigidos -ressalvados alguns que permanecerão sem a contribuição da consciência- o ser psicológico passa a sobressair, conduzindo, de iní­cio, a carga dos atavismos que deverão ser remaneja­dos, diluindo aqueles de natureza perturbadora e aprimorando aqueloutros que se transformarão em fontes de alegria, de prazer e de paz...
Simultaneamente, a razão abandona as brumas da ignorância que a entorpece -qual cascalho que envolve a gema preciosa- e se delineiam objetivos e sentido existencial.
Enquanto não surge essa ne­cessidade, o primarismo predomina, e o ser, não obstante em estágio de humanidade, apenas reage, sem saber agir; ambiciona sem discernir para que; agride ou deprime-se, por desconhecer o valor da luta saudável, sempre desafiadora para a conquista do progresso. Somente então, surgem as interroga­ções que fazem parte da busca do sentido existenci­aL a) para que viver? b) por que lutar? c) como desenvolver essa capacidade de perseverar até al­cançar a meta?
A vida é inerente a tudo, e tentar explicar-lhe a cau­sa, o motivo do Primeiro Movimento que lhe deu ori­gem, é perder-se em elucubrações filosóficas e religio­sas desnecessárias. Aceitar-lhe a realidade sem discus­são, que se apresenta como fuga psicológica para o seu enfrentamento, é o primeiro passo.
Vive-se, e isso é incontestável. Negá-lo, significa anular-se, anestesiar a capacidade de pensar.
Viver da melhor forma possível é o desafio imedi­ato. Viver bem -desfrutando dos recursos que a Natu­reza e a inteligência proporcionam- para bem viver -realizações internas com o desenvolvimento ético ade­quado, que proporcionam bem-estar interior-, eis a ra­zão por que lutar.
Tal conquista sempre se consegue mediante o es­forço da não aceitação comodista, partindo-se para a luta de crescimento pessoal e de transformação ambi­ental, que facultam a existência feliz.
O próprio esforço, na mínima realização vitoriosa, contribui para o favorecimento da capacidade de se prosseguir conquistando as metas que, ao serem alcan­çadas, oferecem outras novas, que podem proporcionar melhores condições de plenitude e de integração na Consciência Cósmica.
Cada etapa vencida, portanto, mais capacita o ser para as porvindouras que lhe cumpre conquistar. Ex­perimentada uma vitória, surgem motivações especi­ais para o prosseguimento das lutas que acenam con­quistas mais significativas, particularmente no íntimo, quando o ser psicológico desabrocha e predomina so­bre o conjunto fisiológico.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

EXISTÊNCIAS FRAGMENTADAS



O ego, utilizando-se de técnicas para mascarar-se, recorre com frequência a mecanismos sutis, quan­do se vê defrontado pelo dever de assumir respon­sabilidades que se derivam dos atos insensatos, tais como transferência de culpa e autopunição.
No primeiro caso, torna-se-lhe mais fácil, raci­onalmente, fugir para a inocência e a fragilidade, direcionando acusações a outrem, do que enfrentar-se, e, no segundo caso, o recurso da autopunição castradora e infeliz, como anestésico para a consciência e liberação de um conflito, mesmo que geran­do outros.
Reprimindo-se desde a infância mal vivida, o ser escamoteia os sentimentos e procura viver conforme os estereótipos convencionais, impedindo-se a auto-re­alização, o enfrentamento lúcido, a coragem para assu­mir responsabilidades e delas desincumbir-se sem con­flito.
Ansiando por liberdade, defronta os impedimen­tos sociais e comportamentais, passando a ocultar os sentimentos e sofrer insatisfações que se sombreiam com perturbações psicológicas e desencantos.
Não se resolvendo por lutar contra os impedimen­tos à felicidade -que é a harmonia interior em identifi­cação com os propósitos de elevação- vive fragmenta­riamente, tornando a existência um fadário de pesada condução.
Somente por intermédio de uma resolução fir­me é que pode romper os fortes elos que o prendem aos sofrimentos desnecessários, mantendo a decisão de não se furtar às consequências, e superá-las a qual­quer preço.
Os gregos antigos, experimentando as mesmas injunções psicológicas, conceberam, através da Mi­tologia, os referenciais para bem traduzirem as ocor­rências e seus efeitos, em bem entretecidas catarses, que ainda servem de modelo para um bom entendi­mento dos conflitos humanos e suas soluções.
No mito de Prometeu, por exemplo, vemo-lo rou­bando o fogo sagrado de Zeus, a fim de auxiliar aos homens que se encontravam condenados às grandes trevas.
Surpreendido, foi aprisionado por trinta séculos, acorrentado a um rochedo, até ser libertado por Hera­cles.
Nesse período, tinha o fígado exposto a um abutre que o devorava incessantemente, enquanto o mesmo se refazia, a fim de que o seu fosse um suplício sem limite.
Face à trágica ocorrência, quando ficou livre, acon­selhou ao irmão Epimeteu, que se mantivesse adverti­do e lúcido, não aceitando presente algum de Zeus, que certamente planejava desforço.
Invigilante, porém, Epimeteu deixou-se seduzir por bela jovem que Zeus lhe enviara, e que conduzia uma preciosa caixa.
Tratava-se de Pandora que, após conquistá-lo e dominá-lo, abriu o cofre e espalhou o bafio das pestes, do sofrimento, das misérias que passaram a predomi­nar no mundo...
Apesar de admoestado, o irresponsável deixou-se conduzir pela imprevidência egóica, passando a sofrer-lhe as consequências, e tornando-se causador das des­graças humanas.
Prometeu, como o nome significa, é aquele que prevê, que percebe antes, enquanto Epimeteu é o que desperta tardiamente, que toma conhecimento depois.
O ego astuto não aceita as sugestões do Self, que o adverte, e, imediatista, ambiciona o prazer voluptuo­so, sem preocupação com os resultados da precipita­ção, da irreflexão.
Quando desperta, como ocorreu com Epimeteu, os danos já se avolumaram, e, ao invés de assumir as res­ponsabilidades, transfere-as para os outros ou autopu­ne-se em mecanismos de consciência de culpa e senti­mentos de remorso.
Todas as advertências que lhe são apresentadas soam sem significação, porque deseja a própria satisfa­ção, a imediata e tormentosa sensação saciada, que so­mente se converte em nova inquietação desencadeadora de diferentes conflitos.
O ser, porém, está destinado à plenitude, à auto-realização embora os desafios e as dificuldades aparen­tes que lhe surgem durante o período de crescimento.
A planta que germina arrebenta o claustro no qual a semente jaz encarcerada, desenvolvendo todos os conteúdos que a tipificam.
Nessa ruptura, desabrocha o fatalismo biológico que a conduz à totalidade.
As heranças das formas primevas pelas quais pas­sou o ser humano no seu processo antropológico, repe­tem-se desde o zigoto ao feto, à criança libertada do sacrário materno.
Os valores psicológicos, da mesma forma, ressu­mam das experiências humanas vividas antes, apresen­tando-se como tendências e conflitos, frustrações e ego­tismos, que se expressam no ser como recurso de segu­rança.
Os impulsos egóicos remanescentes dos instintos básicos, porém, devem ceder espaço às realizações cons­cientes, à diluição das mazelas e angústias, identifican­do a própria realidade.
Como resultado, não é lícito culpar os demais, menos ainda manter a atitude autopunitiva, masoquis­ta.
O Prometeu que jaz no inconsciente em forma de reflexão e cuidado nas decisões psicológicas, deve to­mar o lugar de Epimeteu, o malsucedido aventureiro e sonhador.
Qualquer tentativa de autopunição deverá ser subs­tituída pela aquisição da auto-estima e da boa orienta­ção para o logro da saúde mental e comportamental.
Face, porém, a qualquer tentação de transferir cul­pa para outrem, cabe a luta para assumir a coragem da responsabilidade sem conflito, compreendendo que se trata de experiência que libera a existência de fragmen­tação.
Essa atitude mental e de comportamento ético li­bera o germe de vida superior que também se encontra em todos os seres humanos à semelhança da flor e do fruto dormindo no silêncio da semente que é portado­ra de vida e de bênçãos.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

NOSTALGIA E DEPRESSÃO




As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão.
O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre.
Vitimado pela insegurança e pelo arrependimen­to, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, per­dendo a liberdade de movimentos, de ação e de as­piração, face ao estado sombrio em que se homizia.
A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de exis­tências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.
Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nos­tálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente natu­rais. Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, ge­rando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no com­portamento emocional.
A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico.
Esse deperecimento emocional, faz-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos.
A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem per­manecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acre­ditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracte­riza a gravidade do transtorno emocional.
Tenha-se em mente um instrumento qualquer. Quando harmonizado, com as peças ajustadas, pro­duz, sendo utilizado com precisão na função que lhe diz respeito. Quando apresenta qualquer irregulari­dade mecânica, perde a qualidade operacional. Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve.
Do mesmo modo, a depressão tem a sua reper­cussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento de­sorganizado não pode produzir como seria de dese­jar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emo­cionais irregulares, tanto quanto esses produzem sen­sações e enarmonias perturbadoras na conduta psi­cológica.
No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam àluta, realizações que eram motivadoras para o sen­tido da vida.
À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde. Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode con­servar a rotina da vida, embora sob expressivo es­forço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo.
Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, an­siedade, já que esse oscilar da normalidade é carac­terística dela mesma. Todavia, quando tais ocorrên­cias produzem infelicidade, apresentando-se como  
verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos.
A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: cor­po e mente.
O som provém do instrumento. O que ao segun­do afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de exteriorização.
Idéias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se — tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à me­dida que sejam liberados, deixando a área psicológi­ca em que se refugiam e libertando-a da carga emo­cional perturbadora.
Toda castração, toda repressão produz efeitos de­vastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão.
É imprescindível, portanto, que o paciente en­tre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo.
Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgra­ças próprias ou alheias, um falso estoicismo contri­buem para que o fechar-se em si mesmo, se transfor­me em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros.
Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma explosão de lágrimas, todavia, se não estiver inte
ressado profundamente em desembaraçar-se da cou­raça retentiva, fechando-se outra vez para prosse­guir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo.
Nem sempre a depressão se expressará de for­ma autodestrutiva, mas com estado de coração pe­sado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm.
Para que se logre prosseguir, é comum ao paci­ente a adoção de uma atitude de rigidez, de deter­minação e desinteresse pela sua vida interna, afive­lando uma máscara ao rosto, que se apresenta pati­bular, e podem ser percebidas no corpo essas deci­sões em forma de rigidez, falta de movimentos har­mônicos...
Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou femini­na, determinando-se por não continuar a existência. A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado de­pressivo com indução ao suicídio.
Esse sentimento de fracasso, de impossibilida­de de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido.
Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótiço, dire­cionando o paciente para a etapa trágica da autodes­truição.
Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbi­os, é de relevante importância para o enfermo con­siderar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomisera­ção, nem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequi­líbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos.
O encontro com a consciência, através de avali­ação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, por­que liberta-o da fixação da idéia depressiva, da au­tocompaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora.
Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e pro­porcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força.
Naturalmente, quando o processo se instala —nostalgia que conduz à depressão — a terapia bioe­nergética (Reich, como também a espírita), a logote­rapia (Viktor Frankl), ou conforme se apresentem as síndromes, o concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem in­dispensáveis.
A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorren­do, geram mais complexidades e dificuldades de re­cuperação.
Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem va­liosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional.
O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais.
AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS