Páginas

sábado, 3 de setembro de 2011

AMOR, IMBATÍVEL AMOR




        O amor é substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina.
       É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte.
        Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
        Nunca perece, porque não se entibia nem se enfra­quece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
        Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver
        É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.
        Quando aparente -de caráter sensualista, que bus­ca apenas o prazer imediato- se debilita e se envene­na, ou se entorpece, dando lugar à frustração.
        Quando real, estruturado e maduro -que espera, estimula, renova- não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais. Une as pes­soas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de ener­gias e de formação angustiante.
        O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador.
Há um período em que se expressa como compen­sação, na fase intermediária entre a insegurança e a ple­nificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.
O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.
Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de in­segurança -ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobran­ça de carinhos e atenções-, a necessidade de ser ama­do caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranquila, a alegria na­tural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenci­ais, que se alterem as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, in­destrutível.
Nunca se impõe, porque é espontâneo como a pró­pria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de jú­bilos e de paz.
Expande-se como um perfume que impregna, agra­dável, suavemente, porque não é agressivo nem em­briagador ou apaixonado...
O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratifi­cações que o amado oferece.
O amor deve ser sempre o ponto de partida de to­das as aspirações e a etapa final de todos os anelos hu­manos.
O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doan­do, na Sua condição de Amante não amado.

AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÃNGELIS

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Um Olhar no Futuro.wmv

A EXCELÊNCIA DO AMOR




O processo de evolução do ser tem sido penoso, alongan­do-se pelos milênios sob o impositivo da fatalidade que o con­duzirá à perfeição.

Dos automatismos primevos nas fases iniciais da busca da sensibilidade, passou para os instintos básicos até al­cançar a íntelígêncía e a razão, que o projetarão em patamar de maior significado, quando a sua comunicação se fará, mente a mente, adentrando -se, a partir dai; pelos campos vibratóri­os da intuição.

Preservando numa fase a herança das anteriores, o me­canismo de fixação das novas conquistas e superação das an­teriores, torna-se um desafio que lhe cumpre vencer.

Quanto mais largo foi o estágio no patamar anterior, mais fortes permanecem os atavismos e mais dificeis as adaptações aos valiosos recursos que passa a utilizar.

Porque o trânsito no instinto animal foi de demorada aprendizagem, na experiência humana ainda predominam aqueles fatores afligentes que a lógica, o pensamento lúcido e a razão se empenham por substituir.

Agir, evitando reagir; pensar antes de atuar; reflexionar como passo inicial para qualquer empreendimen­to; promover a paz, ao invés de investir na violência constituem os passos decisivos para o comportamento saudável.

A herança animal, no entanto, que o acostumara a to­mar, a impor-se, a predominar, quando mais forte, se trans­formou em conflito psicológico, quando no convívio social inteligente as   circunstâncias não facultaram esse procedimen­to primitivo.

Por outro lado, os fatores endógenos -hereditarieda­de, doenças degenerativas e suas sequelas-, assim como aqueles de natureza exógena -conflitos familiares, pres­sões psicossociaís, religiosas, culturais, sócio-econômicas, de relacionamento interpessoal- e os traumatismos cra­nianos, respondem pelos transtornos psicológicos e pelos distúrbios psiquiátricos que assolam a sociedade e desarticulam os indivíduos.

Criado o Espírito simples, para adquirir experiências a esforço próprio, e renascendo para aprimorar-se, as realiza­ções se transferem de uma para outra vivência, dando curso aos impositivos da evolução que, enquanto não viger o amor, se imporão através dos processos aflitivos.

Inevitavelmente, porém, momento surge, no qual há um despertamento para a emoção superior e o amor brota, a prin­cípio como impulso conflitivo, para depois agigantar-se de forma excelente, preenchendo os espaços emocionais e libe­rando as tendências nobres, enquanto dilui aquelas de natu­reza inferior.

O sexo, nesse imenso painel de experiências, na condi­ção de atavismo predominante dos instintos primários essen­ciais, desempenha papel importante no processo da saúde psicológica e mental, não olvidando também a de natureza física.

Pela exigência reprodutora, domina os campos das necessidades do automatismo orgânico tanto quanto da emoção, tornando-se fator de desarmonia, quando descontrolado, ou precioso contributo para a sublimação, se vivencíaddo pelo amor.

Psicopatologias graves ou superficiaís têm sua origem na conduta sexual frustrante ou atormentada, insegura ou instável, em razão das atitudes anteriores que promoveram os conflitos que decorrem daquelas atitudes infelizes.

Nesse capítulo, a hereditariedade, a família, a presença da mãe castradora ou superprotetora, todos os fenômenos perimatais perturbadores são consequências das referidas ações morais pretéritas.

As terapias psicológicas, psicanalíticas e psiquiátricas, de acordo com cada psicopatologia, dispõem de valioso arse­nal de recursos que, postos em prática, liberam as multidões de enfermos, gerando equilíbrio e paz.

Não obstante, a contribuição psicoterapêutica do amor é de inexcedível resultado, por direcionar-se ao Si profundo, restabelecendo o interesse do paciente pelos objetivos saudá­veis da vida, de que se dissociara.

O amor tem sido o grande modificador da cultura e da cívilização, embora ainda remanesçam costumes bárbaros que facultam a eclosão de tormentos emocionais complexos...

O imperador Honório, por exemplo, que governava Roma e seus domínios, era jovem, algo idiota, covarde e pusilâni­me, conforme narra a História. No entanto, pressionado por cristãos eminentes, discípulos do Amor, fechou as escolas de gladiadores no ano de 399, onde se preparavam homicidas legais.

Quando os Godos ameaçavam invadir a capital do Impé­rio, o general Atilicho, em nome do governante e do povo, os bateu em sangrentas batalhas, expulsando-os de volta às re­giões de origem em 403.

Ao serem celebradas essas vitórias no Coliseu -o monu­mental edifício sólido que comportava cinquenta mil expec­tadores e propiciava espetáculos variados quão formidandos- estavam programadas cerimônias várias e esplendorosas como: corridas de bigas e quadrigas, desfiles, musicais, baila­dos... Por fim, em homenagem máxima ao Imperador e ao General, foram exibidas lutas de gladiadores, que se deveri­am matar.

No auge da exaltação da massa, quando os primeiros lutadores se apresentaram na arena, um homem humilde ati­rou-se das galerias entre eles e começou a suplicar-lhes que não se matassem...

O estupor tomou conta da multidão que, logo recupe­rando a ferocídade, pôs-se a atirar-lhe pedras e tudo quanto as mãos alcançassem, ao tempo em que pediam a morte do intruso, de imediato assassinado para delírio geral...

Apesar do terrível desfecho, aquele foi o último espetá­culo dantesco do gênero, e em 404, as lutas de gladiadores foram finalmente abolidas.

O sacrifício de amor do anônimo foi responsável pela radical mudança de hábitos na época.

Ressurgiram, sem dúvida, de forma diferente, naquelas denominadas marciais, no Oriente, e de boxe, no Ocidente, porque ainda predominam os instintos primitivos, mas serão proibidas em futuro não distante, como resultado da força do amor...

Assim também as guerras, as lutas fratricidas, os con­flitos domésticos e sociais, quando a consciência de justiça suplantar as tendências destrutivas...

... O amor vencerá!

AMOR, IMBATÍVEL AMOR DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A REENCARNAÇÃO




Destituída de finalidade seria a vida que se diluísse na tumba, como efeito do fenômeno da morte.

Diante de todas as transformações que se operam nos campos da realidade objetiva, como das alterações que se processam na área da energia, seria utópico pensar-se que a fatalidade do existir é o aniquilamento.

Embora as disjunções moleculares e as mo­dificações na forma, tudo se apresenta em contínuo vir-a-ser, num intérmino desintegrar-se -reintegrando-se-, que ofere­ce, à Vida, um sentido de eternidade, além e antes do tempo, conforme as limitadas dimensões que lhe conferimos.

Nesse sentido, especificamente, o complexo humano apre­senta-se através de faixas de movimentação instável, qual ocorre com o corpo; em mecanismos de sutilização, o peris­pírito; e de aprimoramento, quando se trata do Espírito, este último, aliás, inquestionavelmente imortal.

A aquisição da consciência é o resultado de um processo incessante, através do qual o psiquismo se agiganta desde o sono, na força aglutinadora das moléculas, no mineral; à sensibilidade, no vegetal; ao instinto, no animal; e à inteligên­cia, à razão, no homem. Nesta jornada automática, funcio­nam as inapeláveis Leis da Evolução, em a Natureza, deflu­entes da Criação.

Chegando ao patamar humano, esse psiquismo, de início rudimentarmente pensante, atravessa inúmeras experiências pessoais, que o tornam herdeiro de si mesmo, em um encadeamento de aprendizagens pelo mergulho no corpo e abando­no dele, toda vez que se rompam os liames que retêm a indi­vidualidade.

Este processo de renascimentos, que os gregos denomi­navam de palingenésico, constitui um avançado sistema de crescimento intelecto-moral, fomentador da felicidade.
    
Graças a ele, a existência humana se reveste de dignidade e de relevantes objetivos que não podem ser interrompidos. Toda vez que surge um impedimento, que se opera um trans­torno ou sucede uma aparente cessação, a oportunidade res­surge e o recomeço se estabelece, facultando ao aprendiz o crescimento que parecia terminado.

Face a este mecanismo, os fenômenos psicológicos apre­sentam-se em encadeamentos naturais, e elucidam-se inume­ráveis patologias psíquicas e físicas, distúrbios de comporta­mento, diferenças emocionais, intelectuais e variados acon­tecimentos, nas áreas sociológica, econômica, antropológi­ca, ética, etc.

O processamento da aquisição intelectual faz-se ao largo das experiências de aprendizagem, mediante as quais o Eu consciente adiciona conteúdos culturais, ao mesmo tempo que desenvolve as aptidões jacentes, para as diversas categorias da técnica, da arte, da ética, num incessante aprimoramento de valores.

A anterioridade do Espírito ao corpo, brinda-lhe maior soma de conhecimentos do que os apresentados pelos princi­piantes no desiderato físico.

A genialidade de que uns indivíduos são portadores, em detrimento dos limites que se fazem presentes em outros se­res do mesmo gene, demonstra que os psiquismos aí expres­sos diferem em capacidade e lucidez.

Embora herdeiro dos caracteres da raça -aparência, mor­fologia, cabelos, olhos, etc.-, os valores psicológicos, inte­lecto-morais não são transmissíveis pelos genes e cromosso­mos, antes, são atributos da individualidade eterna, que trans­fere de uma para outra existência corporal o somatório das suas conquistas salutares ou perturbadoras.

Não há como negar-se a influência genética na evolução do ser, os impositivos do meio, dos costumes e dos hábitos, entretanto, impende observar que o corpo reproduz o corpo, não a mente, a consciência, que só o Espírito exterioriza.

A introdução do conceito reencarnacionista na Psicolo­gia dá-lhe dimensão invulgar, esclarecimento das dificulda­des na argumentação em torno do Inconsciente, dos arquéti­pos, individual e coletivo, estudando o homem em toda a sua complexidade profunda e, mediante a identificação do seu passado, facultando-lhe o descobrimento e utilização das suas possibilidades, do seu vir-a-ser.

Nos alicerces do Inconsciente profundo encontram-se os extratos das memórias pretéritas, ditando comportamentos atuais, que somente uma análise regressiva consegue detec­tar, eliminando os conteúdos perturbadores, que respondem por várias alienações mentais.

No capítulo dos impulsos e compulsões psicológicas, o passado espiritual exerce uma predominância irrefreável, que leva aos grandes rasgos do devotamento e da abnegação, quan­to à delinquência, à agressividade, à multiplicidade de perso­nificações parasitárias, mesmo excluindo-se a hipótese das obsessões.

Na imensa panorâmica dos distúrbios mentais, especial­mente nas esquizofrenias, destacam-se as interferências cons­tritoras dos desencarnados que se estribam nas leis da co­brança pessoal, certamente injustificáveis, para desforçar-se dos sofrimentos que lhes foram anteriormente infligidos, em outras existências, pelas vítimas atuais.

Diante das ocorrências do déjà-vu, os remanescentes reencarnacionistas estabelecem parâmetros sutis de lembran­ças que retornam à consciência atual como lampejos e cli­chês de evocações, ressumando dos conteúdos da inconsci­ência -ou da memória extracerebral, do perispírito- ofere­cendo possibilidades de identificação de pessoas, aconteci­mentos, lugares e narrativas já vividos, já conhecidos, antes experimentados...

Desfilam, então, os fenômenos psicológi­cos das simpatias e das antipatias, dos amores alucinantes e dos ódios devoradores, que ressurgem dos arquivos da me­mória anterior ante o estímulo externo de qualquer natureza, que os desencadeiam, tais: um encontro ou reencontro; uma associação de idéias -a atual revelando a passada- uma dis­sensão ou um diálogo; qualquer elemento que constitua pon­te de ligação entre o hoje e o ontem.

Excetuando-se os conflitos que têm sua psicogênese na vida atual, a expressiva maioria deles procede das jornadas infelizes do ser eterno, herdeiro de si mesmo, que transfere as fobias, insatisfações, consciência de culpa, complexos, dramas pessoais, de uma para outra reencarnação através de automatismos psicológicos, responsáveis pelo equilíbrio das Leis que governam a Vida.

Diante de tais acontecimentos, considerando-se os fenô­menos místicos, as ocorrências paranormais. os êxtases natu­rais e os provocados, aos quais a Psicologia organicista dava gêneses patológicas, nasceu, mais ou menos recentemente, a denominada quarta força em Psicologia -sucedendo (ou completando) o Behaviorismo, a Psicanálise e a Psicologia Humanista-, que é a Escola Transpessoal.

Entretanto, já no começo do século, Burcke, desejando enquadrar em uma só denominação estes e outros eventos psicológicos, cunhou o conceito de consciência cósmica, a fim de os situar em um só capítulo, tornando-se, de alguma forma, pioneiro, na área da Psicologia Transpessoal, que abrange, entre outras, as per­cepções extra-sensoriais, além da área da consciência.

Nesta conceituação, a morte é fenômeno biológico a trans­ferir o ser de uma para outra realidade, sem consumpção da vida.

O ser humano, diante da visão nova e transpessoal, deixa de ser a massa, apenas celular, para tornar-se um complexo com predominância do princípio eterno.

A decisiva contri­buição dos seus pioneiros, entre os quais, Maslow, Assagioli -com a sua Psicossíntese-, Sutich, Wilber, Grof e outros, oferece excelentes recursos para a psicoterapia, liberando a maioria dos pacientes dos seus conflitos e problemas que desestruturam a personalidade.

Neste admirável amálgama da integração dos mais im­portantes Insights das Doutrinas psicológicas do Ocidente com as Tradições Esotéricas do Oriente, agiganta-se o Espiritis­mo, pioneiro de uma Psicologia Espiritualista dedicada ao conhecimento do homem integral, na sua valiosa complexi­dade -Espírito, perispírito e matéria- ampliando os hori­zontes da vida orgânica, a se desdobrarem além do túmulo e antes do corpo, com infinitas possibilidades de progresso, no rumo da perfeição.

O HOMEM INTEGRAL - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O MODELO ORGANIZADOR BIOLÓGICO



O homem é, deste modo, um conjunto de elementos que se ajustam e interpenetram, a fim de condensar-se em uma estrutura biológica, assim formado pelo Espírito -ser eterno, preexistente e sobrevivente ao corpo somático-, o perispíri­to -também chamado modelo organizador biológico, que é o “princípio intermediário, substância semimaterial que ser­ve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo-. Tais, num fruto, o germe, o perisperma e a casca” -e o corpo- que é o envoltório material.

Estes elementos mantêm um inter-relacionamento profun­do com os respectivos planos do Universo.

O perispírito, também denominado corpo astral, é cons­tituído de vários tipos de fluidos (energia) ou de matéria hi­perfísica, sendo o laço que une o Espírito ao corpo somático.

Multimilenarmente conhecido, atravessou a História sob denominações variadas. Hipócrates, por exemplo, chamava­-o Enormon, enquanto Plotino o identificava como Corpo Aé­reo ou Ígneo. Tertuliano o indicava como Corpo Vital da Alma, Orígenes como Aura, quiçá inspirados no apóstolo Paulo que o referia como Corpo Espiritual e Corpo Incorruptível. No Vedanta ele aparece como Mano-ntaya-Kosha e no Budismo Esotérico é designado por Kainarupa. Os egípcios diziam-no Ka e o Zend Avesta aponta-o por Baodhas, a Cabala hebraica por Rouach. É o Eidôlon do Tradicionalismo grego, o mia­go dos latinos, o Khi dos chineses, o Corpo sutil e etéreo de Aristóteles...

Confúcio igualmente o identificou, chamando­-o Corpo Aeriforme e Leibnitz qualificou-o de Corpo fluídi­co... As variadas épocas da Humanidade defrontaram-no e por outras denominações ele passou a ser aceito.

De importância máxima no complexo humano, é o mo­derno Modelo organizador biológico, que se encarrega de plasmar no corpo físico as necessidades morais evolutivas, através dos genes e cromossomos, pois que, indestrutível, eteriza-se e se purifica durante os processos reencarnatórios elevados.

Pode-se dizer, que ele é o esboço, o modelo, a forma em que se desenvolve o corpo físico. É na sua intimidade ener­gética que se agregam as células, que se modelam os órgãos, proporcionando-lhes o funcionamento. Nele se expressam as manifestações da vida, durante o corpo físico e depois, por facultar o intercâmbio de natureza espiritual. É o condutor da energia que estabelece a duração da vida física, bem como é responsável pela memória das existências passadas que ar­quiva nas telas sutis do inconsciente atual, facultando lampe­jos ou recordações esporádicas das existências já vividas.

O filósofo escocês Woodsworth estudando-o, disse que é o Mediador plástico “através do qual passa a torrente de ma­téria fluente que destrói e reconstrói incessantemente o orga­nismo vivo.”

Na sua estrutura de energia se localizam os distúrbios nervosos, que se transferem para o campo biológico e que procedem dos compromissos negativos das reencarnações passadas.

Igualmente ele responde pelas doenças congênitas, em razão das distonias morais que conduz de uma para outra vida. Por isso mesmo, trata-se de um organismo vivo e pul­sante, sendo constituído por trilhões de corpos unicelulares rarefeitos, muito sensíveis, que imprimem nas suas intrinca­das peças as atividades morais do Espírito, assinalando-as nos órgãos correspondentes quando das futuras reencarna­ções.

Veículo sutil e organizador, é o encarregado de fixar no organismo os traumas emocionais como as aspirações da be­leza, da arte, da cultura, plasmando nos sentimentos as ten­dências e as possibilidades de realizá-las.

Graças à sua interpenetração nas moléculas que constitu­em o corpo, exterioriza, através deste, os fenômenos emocio­nais –carmas-, positivos ou não, que procedem do passado do indivíduo e se impõem como mecanismos necessários à evolução.

Comandado pelo Espírito mediante automatismos nas fai­xas menos evoluídas da Vida, pode ser dirigido conscientemente, desde que se encontre liberado dos impositivos dos resgates dolorosos, no processo da aprendizagem compulsó­ria.

Quanto mais o homem se espiritualiza, domando as más inclinações e canalizando as forças para as aspirações de enobrecimento e sublimação, mais sutis são as suas possibilida­des plasmadoras, dando gênese a corpos sadios, emocional e moralmente, em razão do agente causal estar liberado das aflições e limites purificadores.

O amadurecimento psicológico proporciona ao indivíduo utilizar-se das aquisições morais, mentais e culturais para estimular-lhe os núcleos fomentadores de vida, alterando sem­pre para melhor a própria estrutura física e psíquica pelo irra­diar de energias saudáveis, reconstruindo o organismo e uti­lizando-o com sabedoria para fruir da paz e da alegria de vi­ver.

O HOMEM INTEGRAL - DIVALDO PEREIRA FRANCO - DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS